BRASIL
Crianças se divertem com brincadeiras tradicionais guarani
BRASIL
O Museu das Culturas Indígenas, na zona oeste da capital paulista, celebrou o Dia das Crianças, nesta quinta-feira (12), oferecendo a oportunidade de conhecer brincadeiras tradicionais guarani mbya.
Pela manhã, as atividades começaram no pátio, em frente ao prédio onde funciona o museu. Porém, devido à chuva, a programação foi transferida para o espaço conhecido como Sala da Jiboia, que tem um grande pufe em formato de cobra.
O educador Juscelino Peralta explica que tentou trazer brincadeiras que fogem ao cotidiano das crianças da cidade. Entre as propostas estava o tiro ao alvo com arco e flecha. O indígena explica que nas comunidades, essa brincadeira é uma forma de preparação para as atividades da vida adulta. “Para ele ter a visão e a mira de como se faz com o arco e flecha”, destacou.
Também fez sucesso com as crianças a brincadeira de arrancar mandioca. Um dos participantes se segura em algo firme, como um tronco de árvore, sentado no chão. Então, os seguintes, também sentados, fazem uma fila em que se seguram pela cintura. O objetivo é que o “dono da roça” consiga arrancar todos os participantes da posição.
Essa brincadeira também se relaciona diretamente com as atividades cotidianas dos guaranis. “Tem que ter força, porque a mandioca, quando a gente vai na roça, a gente sofre para arrancar”, conta.
Para o educador, momentos como esses são importantes para combater preconceitos em relação aos povos indígenas. “É uma oportunidade para que a gente traga nossa cultura para pessoas de fora, que não conhecem, né? Que não sabem que existem povos indígenas em São Paulo. Porque, hoje em dia, tem pessoas que falam que os indígenas já não são mais indígenas porque usam celular, porque andam de tênis, porque têm roupas. Mas mesmo assim a gente ainda fortalece a nossa cultura, a nossa tradição, os nossos cânticos, danças e brincadeiras tradicionais”.
Fonte: EBC GERAL


BRASIL
Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
-
MATO GROSSO2 dias atrás
CONCEEL-EMT reforça orientações sobre a nova identificação das Unidades Consumidoras
-
MATO GROSSO18 horas atrás
Utilização de veículos como pagamento de imóveis se torna opção de mercado em Cuiabá
-
GERAL2 dias atrás
TNT Energy Drink acelera a expansão no universo do basquete com embalagens exclusivas temáticas da NBA no Brasil