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Crise hídrica mundial é tema de conferência em Nova York

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Com o tema Acelerando ação para o futuro sustentável, a Organização das Nações Unidas (ONU) realiza até esta sexta-feira (24), em Nova York, sua conferência anual sobre a água. No encontro, que começou ontem (23), os países representados na ONU discutem o risco iminente de uma crise hídrica mundial.

“Estamos drenando o sangue vital da humanidade por meio do consumo vampiresco e uso insustentável [da água] e evaporando-o por meio do aquecimento global”, disse o o secretário-geral da ONU, António Guterres. A proposta do evento é decidir ações conjuntas que possam transformar esse cenário nos próximos anos.

Diferentemente de outras reuniões climáticas, a conferência das Nações Unidas não pretende produzir acordos vinculantes, como o de Paris, assinado em 2015, e sim engajar os países em soluções que possam ser implementadas até 2030. De acordo com o secretário-geral, a reunião deve resultar em “uma ousada Agenda de Ação Hídrica, que dá à força vital do nosso mundo o compromisso que ela merece”.

A comitiva brasileira na conferência tem cerca de 50 representantes, entre membros do governo e da sociedade civil.

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O secretário-geral Antonio Guterres destacou que cerca de três em cada quatro desastres naturais estão ligados à água. Para Guterres, existe uma lacuna na gestão da água, e os governos precisam desenvolver e implementar planos que garantam acesso equitativo ao o recurso.

O secretário-geral propôs também investimento massivo em sistemas de água e saneamento, lembrando que as nações mais ricas devem mobilizar recursos para apoiar as economias emergentes.

*Com informações de Mara Lopes, da ONU News

Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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