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Desfile das Campeãs do Rio: seis escolas voltam à Sapucaí neste sábado

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Neste sábado (25), apaixonados pelas escolas de samba vão ter a oportunidade de ver mais uma vez as seis primeiras colocadas do carnaval no Desfile das Campeãs. A expectativa é de Sambódromo lotado, com presença de mais de 100 mil pessoas, segundo a Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa). Os ingressos para as arquibancadas, cadeiras, frisas e os camarotes da Passarela do Samba na Marquês de Sapucaí, no centro da cidade do Rio, se esgotaram ainda na quinta-feira (23).

Programação do desfile

O Desfile das Campeãs está marcado para iniciar às 21h30 e seguirá as normas dos desfiles oficiais. Cada agremiação deverá se apresentar no tempo mínimo de 60 minutos, e máximo, de 70 minutos. Sem a pressão de não poder errar diante dos jurados, torna-se um momento de descontração e alegria para os componentes das escolas de samba.

A ordem de apresentação é inversa à classificação da escola, ou seja, a primeira a desfilar será a sexta colocada. O desfile é encerrado com a grande campeã do carnaval de 2023.

Confira abaixo a ordem de apresentação:

1) Grande Rio, com o enredo que homenageou o cantor e compositor Zeca Pagodinho;

2) Mangueira, com o enredo As Áfricas que a Bahia canta, que trouxe a ancestralidade negra na terra em que nasceu o samba;

3) Beija-Flor, com o enredo Brava Gente, o grito dos excluídos no bicentenário da Independência e relembrou o 2 de julho de 1823, quando soldados brasileiros derrotaram tropas portuguesas que ainda estavam na Bahia, mesmo após o grito de Dom Pedro I às margens do Ipiranga;

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4) Vila Isabel, com o enredo Nessa festa, eu levo fé!, que celebrou as diversas crenças e festas religiosas;

5) Viradouro, vice-campeã de 2023, com a história de Rosa Maria Egipcíaca, a primeira mulher preta a escrever um livro no Brasil e que foi esquecida pela história;

6) Imperatriz Leopoldinense, grande campeã do grupo especial de 2023, traz o enredo O aperreio do cabra que o excomungado tratou com má-querença e o santíssimo não deu guarida, que imaginou a volta do cangaceiro Virgulino Ferreira da Silva, conhecido como Lampião, à Terra depois de não ter abrigo no inferno e no céu.

A verde e branco de Ramos estava sem ganhar um título há 22 anos. O carnavalesco Leandro Vieira se inspirou na literatura de cordel para desenvolver o enredo, que agradou a comunidade da escola e animou o público que assistia ao desfile oficial.

Quem chegar cedo à Sapucaí poderá ainda assistir a uma exibição da Embaixadores da Alegria, escola de samba formada por pessoas com deficiência, entre elas um grupo de cadeirantes que integram a equipe da Lei Seca, do Detran-RJ.

Como surgiu o desfile

O radialista Rubem Confete, apresentador do programa Histórias do Confete, da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, conta que o Desfile das Campeãs teve início na década de 80, depois da inauguração do Sambódromo no carnaval de 1984.

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Naquele ano, para cada dia de desfile, um no domingo e outro na segunda-feira, era escolhida uma escola campeã. As escolhidas foram Portela e a Mangueira, respectivamente. No sábado seguinte, as duas disputaram com as melhores do grupo de acesso. A verde e rosa ganhou o título de Supercampeã, que aliás é o único, pois no ano seguinte o título deixou de ser concedido.

No lugar dessa disputa, foi criado o Desfile das Campeãs, com as seis primeiras colocadas após a apuração das notas dos jurados.

“Foi aí [1984] que começou a história do Sábado da Supercampeã. Foi [uma ideia] da Riotur [ Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro], aliada à direção da Associação das Escolas de Samba. Não havia a Liesa [Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro]”, explica Confete, chamado de griô ou griot do samba, que na cultura africana é a pessoa que mantém viva a memória do grupo, contando as histórias e mitos daquele povo.

Edição: Carolina Pimentel

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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