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Deslizamento de terra em rodovia no Paraná soterra carros e caminhões
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Um deslizamento de terra na BR-376, na altura de Guaratuba, no Paraná, soterrou carros e caminhões na noite de segunda-feira (28) e vem mobilizando, desde então, os esforços de equipes de resgate do Corpo de Bombeiros do estado. Até o momento, uma morte foi confirmada. Ainda não se sabe quantas pessoas estavam dentro dos veículos atingidos.
De acordo com o serviço meteorológico do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), entre sábado e ontem, choveu mais de 150 milímetros na Serra do Mar, como é conhecida a região. Nas últimas 72 horas, o acumulado já ultrapassou os 200 milímetros em alguns pontos.
A rodovia é um dos principais acessos ao estado de Santa Catarina para quem sai de Curitiba. O local atingindo integra trecho administrado pela concessionária Arteris Litoral Sul. O deslizamento de terra aconteceu por volta das 19h e atingiu cerca de 200 metros de extensão de ambas as pistas da rodovia. O Corpo de Bombeiros estima que seis carretas e de 10 a 15 veículos tenham sido soterrados.
Segundo a Arteris Litoral Sul, o tráfego permanece totalmente interditado nos dois sentidos e não há previsão de liberação. A Polícia Rodoviária Federal (PRF), que acompanha a situação, postou nota em suas redes sociais afirmando que, nos próximos dias, motoristas precisarão usar outras rotas para se deslocar entre os estados do Paraná e de Santa Catarina.
No momento do ocorrido, o trânsito já estava congestionado. O prefeito de Guaratuba, Roberto Justus, publicou vídeo nas redes sociais contando que se deslocava pela rodovia e presenciou o ocorrido.
“Foi uma coisa horrorosa. A montanha veio abaixo e nos carregou para cima de outros carros. Nós só estamos vivos por um livramento de Deus”, relatou. De acordo com o prefeito, o trânsito estava totalmente parado e, após o deslizamento, ele e o motorista quebraram os vidros do carro para conseguirem escapar. Nenhum dos dois se feriu. “Mas muita gente deve ter se machucado. Foi muita terra, muita pedra para cima dos carros. Não sei como, a lama nos ergueu e nos jogou para cima de outros carros que estavam parados”, acrescentou.
Os esforços de resgate mobilizam 54 bombeiros e três cães farejadores. O trabalho é considerado de longo prazo. “O local é de difícil acesso e as chuvas que ainda caem na Serra do Mar prejudicam os trabalhos de avaliação dos danos”, explica a corporação, em nota compartilhada nas redes sociais. O governo do Paraná anunciou a criação de um gabinete de crise para concentrar a tomada de decisões e o atendimento às vítimas.
O estado lida ainda com outros bloqueios decorrentes de deslizamento. As três principais rodovias que conectam Curitiba ao litoral paranaense têm pontos com interdição parcial ou total. A recomendação é que a população evite se locomover pela região. Além disso, diversas cidades registram inundações, entre as quais, Guaratuba. Segundo a prefeitura, as chuvas que caem desde o fim de semana provocaram enchentes em algumas comunidades e equipes foram mobilizadas para atender as populações atingidas.
O governo do Paraná informou que cerca de 400 pessoas estão desalojados e que há 100 casas danificadas em todo o estado.
Edição: Nádia Franco
Fonte: EBC Geral


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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