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Em São Paulo, Cracolândia tem madrugada de tumulto

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Vídeos de moradores da região central de São Paulo mostram grupos de pessoas em situação de rua depredando carros e lojas com paus e pedras durante a madrugada de hoje (2). Alguns dos veículos atingidos estavam parados no semáforo quando foram cercados pelos grupos.

Segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública de São Paulo, a confusão começou depois que um homem foi preso durante a madrugada na Alameda Barão de Limeira. “Na ocasião, dependentes químicos se deslocaram pelas ruas da região e jogaram pedras em uma viatura da GCM [Guarda Civil Metropolitana]”, diz a nota. As ocorrências foram registrada no Distrito Policial do Bom Retiro.

Operação Caronte

Desde o final de março, quando uma grande operação policial dispersou a concentração de pessoas em situação de rua e de usuárias de drogas da Cracolândia, que ficava na Praça Princesa Isabel, esses grupos menores têm circulado pela região central.

A Guarda Civil Metropolitana e a Polícia Militar agem constantemente para evitar que as pessoas permaneçam por muito tempo em um determinado local. A Polícia Civil também tem feito operações esporádicas, efetuando prisões e com apoio de atiradores de elite. As ações fazem parte da chamada Operação Caronte, iniciada em julho do ano passado.

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“Trata-se de uma parceria entre a Polícia Civil e a Guarda Civil Metropolitana, iniciada em maio de 2021, para combater e reprimir a atuação de organizações criminosas armadas que exploram o tráfico de drogas na região da Luz, região central da cidade” diz nota divulgada pela GCM.

Abusos

Moradores da região também têm registrado abusos por parte dessas ações. O cinegrafista Caio Castor flagrou guardas civis agredindo uma transexual com cacetadas e spray de pimenta sem reação visível da mulher. Após a divulgação das filmagens, na semana passada, ele foi ameaçado por vizinhos e teve que deixar o local com a família. A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) divulgaram notas de apoio ao repórter.

Também na semana passada, um outro morador flagrou guardas civis imobilizando um homem com o joelho no pescoço. Nas imagens é possível ver que um dos agentes sai da viatura se aproxima com um saco com uma substância branca que é apresentada como drogas que estariam em posse do homem. Após a divulgação das imagens, a juíza Gabriela Bertoli reconsiderou a prisão e decidiu pela soltura do homem. A magistrada avaliou que abordagem pode ter sido abusiva, determinando, inclusive, a comunicação do fato à Corregedoria da GCM.

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Edição: Lílian Beraldo

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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