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Embalado pelo samba e pagode, “Só pra Louvadiar” reúne mais de mil de pessoas
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O 1º “Só pra Louvadiar” foi um sucesso absoluto e reuniu mais de mil pessoas de todas as regiões da cidade. Promovido pela Cervejaria Louvada, o evento aconteceu na sexta-feira (12) como forma de comemorar os 305 anos de Cuiabá. Reunindo cuiabanos em uma celebração vibrante, a festa alcançou a marca de cerca de 3 mil litros de chopp consumidos.
O destaque da noite foi a programação musical, que trouxe uma seleção exclusiva voltada 100% ao samba e pagode, uma novidade para os eventos organizados pela cervejaria. Os grupos Raul Fortes, Léuo e Tô Te Querendo comandaram o palco com apresentações empolgantes, garantindo a animação do público do início ao fim.
“Estamos extremamente felizes com o resultado. Foi um desafio promover um evento diferente, totalmente voltado para o samba e pagode, e ver que os ingressos foram todos vendidos em tempo recorde de quatro dias é uma prova do sucesso da proposta. Vamos continuar trabalhando para trazer ainda mais experiências únicas”, comentou o diretor da marca, Gregório Ballarotti.
O Espaço Louvada, localizado na Avenida das Torres, foi o cenário perfeito para a festa, que teve início às 19h e se estendeu até 1h. O palco foi estrategicamente posicionado para criar uma atmosfera de roda de samba, proporcionando uma experiência única e imersiva aos presentes. A variedade de estilos de chopp Louvada também agradou ao público.
Moradora do bairro CPA II, Mariana Ferreira, 28 anos, esteve pela primeira vez em um evento promovido pela Louvada e aprovou a programação. “Sou uma amante do samba e do pagode. Então, quando vi que seria uma programação diferente corri para garantir meu ingresso. Sem dúvida, foi uma experiência muito boa e espero que venham outras”, disse.
Todos esses atrativos combinaram perfeitamente com as comidas típicas da região oferecidas durante o evento. O cardápio incluiu iguarias como baguncinha e bolinho de peixe, do Quintal do Primo, doces cuiabanos, da Tia Katinha, churrasco com farofa de banana e esfiha, garantindo uma verdadeira experiência gastronômica cuiabana.
Já João Pedro, de 45 anos e residente no Santa Rosa, aproveitou o “Só pra Louvadiar” para curtir com a família e enfatizou boa estrutura montada. “Vim com minha esposa e filhos e ficamos muito satisfeitos com tudo que foi proporcionado. Tudo foi elaborado para que pudéssemos aproveitar com tranquilidade e segurança”, contou ele.
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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.