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Equipes buscam quatro desaparecidos em Petrópolis
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Depois das fortes chuvas que voltaram a assolar Petrópolis, na região serrana do estado do Rio de Janeiro, equipes da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros continuam as buscas por desaparecidos. Até o momento, há o registro de quatro pessoas desaparecidas e 31 resgatadas com vida.
Os deslizamentos provocados pelo temporal de ontem (20) à tarde resultaram em cinco mortes. Duas no Morro da Oficina, duas na Rua Washington Luiz e uma no bairro Valparaíso.
Equipes da Secretaria de Estado de Defesa Civil do Rio e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) permanecem mobilizadas para prevenir e minimizar os efeitos da chuva. Cerca de 150 militares atuam com apoio das unidades especializadas, incluindo as equipes do Grupamento de Busca e Salvamento, Socorro Florestal e Meio Ambiente, com suporte dos cães farejadores da corporação.
Nas últimas 24 horas, o acumulado pluviométrico atingiu 534,6 milímetros de chuva e a secretaria mantém o alerta geológico para alto risco de deslizamentos, em especial, para as áreas do 1º Distrito. Segundo a Defesa Civil, foram registradas 126 ocorrências, 107 por escorregamentos. “Todas as equipes da Defesa Civil estão empenhadas no atendimento aos chamados de emergência e suporte ao Corpo de Bombeiros nas ações de resgate a vítimas”, informou.
Nos 13 pontos de apoio abertos para o atendimento, há 643 pessoas das localidades do Morin, Quitandinha, Amazonas, Vila Felipe, Sargento Boening, São Sebastião, Dr. Thouzet, Alto da Serra, Floresta, Independência e Siméria. Essas pessoas recebem suporte da Secretaria de Assistência Social para o atendimento de necessidades essenciais. Já a Defesa Civil percorre os pontos de apoio para cadastrar os registros de ocorrências e realizar a vistoria dos imóveis.
A preocupação com o tempo no município permanece porque a previsão para as próximas horas ainda é de chuva moderada a fraca.
Em caso de emergência, a população deve ligar para o 193 do Corpo de Bombeiros e 199 da Defesa Civil.
Remoção de carros
Desde ontem, a prefeitura de Petrópolis retirou 20 carros das ruas. Esses veículos estavam espalhados pela cidade obstruindo as vias ou em cima nas calçadas, depois que foram arrastados pela correnteza formada pelo temporal. Os veículos estavam no Centro e no Alto da Serra e após serem rebocados foram levados para o pátio do Morin. Todos foram catalogados, para facilitar a identificação e a retirada pelo proprietário. O dono precisa telefonar ou mandar mensagem via WhatsApp para o pátio (24 98848-0629).
O diretor-presidente da Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans), Jamil Sabrá, informou que não será cobrado nenhum valor do proprietário. “Nenhuma taxa sobre o serviço ou para a utilização do pátio, nenhuma multa. Que isso fique claro”, completou.
De acordo com a prefeitura, a remoção dos veículos ocorre desde o dia seguinte ao temporal do dia 15 de fevereiro. “Entre os dias 16 de fevereiro e 14 de março, 490 veículos foram levados para o pátio do Morin. Desse total, 227 já foram retirados pelos proprietários ou pelas seguradoras.”
Outras regiões
Em Angra dos Reis, na Costa Verde, até o fim do dia, o volume de chuva alcançou 271.69 mm, em 12 horas. Duas pessoas morreram com a queda de uma árvore sobre o carro onde estavam. Em outras ocorrências, as equipes resgataram pessoas em pontos de alagamento.
Por causa da previsão de chuvas de moderadas a fortes para a Baixada Fluminense, Duque de Caxias permanece em estágio de monitoramento. “Os rios Capivari e Saracuruna transbordaram durante a noite e as chuvas provocaram alagamentos em alguns bairros, sem o registro de desalojados ou desabrigados. As 18 sirenes de alerta do município foram acionadas no final da tarde”, informou a prefeitura.
A Defesa Civil pediu aos moradores de áreas de risco que, ao notarem qualquer anormalidade, procurem um local seguro ou os pontos de apoio localizados em igrejas, associação de moradores e escolas de cada distrito. Podem também ligar imediatamente para os telefones 199 e 0800-0230199 ou para o Corpo de Bombeiros, no número 193.
Teresópolis, na região serrana, continua em estágio de atenção por causa dos acumulados de chuva e da previsão da permanência de precipitação moderada a forte durante o dia e ao alto risco de ocorrência de deslizamentos.
Edição: Lílian Beraldo


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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