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Escritora de livro de ficção cria contas falsas em site, dá avaliação negativa para concorrentes, é descoberta, perde contratos e se desculpa: ‘Crise psicológica’
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A americana Cait Corrain é autora de “Crown of Starlight”, que seria lançado nos EUA em 2024.
Uma autora americana de um livro de ficção científica criou perfis falsos em um site, fez avaliações negativas de obras de autores concorrentes, foi descoberta, perdeu contratos, foi confrontada e se desculpou.
O mais recente desdobramento do caso ocorreu nesta terça-feira (12), quando Cait Corrain, autora de Crown of Starlight (“Coroa da Luz das Estrelas”), a ser lançado em maio de 2024, publicou uma carta em seu perfil no X (ex-Twitter). Nela, admitiu:
- ter criado oito perfis falsos entre 2022 e novembro de 2023 no site Goodreads, em que os leitores postam resenhas de livros;
- com os perfis, ela assumiu ter bombado a avaliação do próprio livro;
- detonou a avaliação de vários autores estreantes, entre os quais duas da mesma editora que ela, a americana Del Rey, do grupo Penguin;
- e deixou comentários, segundo ela mesma, que “variaram entre maldosos a abusivos”.
Foram leitores do próprio Goodreads que descobriram que Cait havia se passado por outra pessoa. A desconfiança ocorreu quando leitores viram que havia críticas muito negativas de obras ainda não lançadas da mesma temática do livro de Cait. Confrontada, ela assumiu o gesto.
“Eu me culpo mais do que vocês jamais poderão imaginar. Não há nada que eu possa dizer que apague o que eu fiz com vocês”, disse ela.
Depressão
A autora disse estar lutando desde 2022 contra depressão severa, alcoolismo e abuso de substâncias e, ao trocar de medicamentos, teve um colapso mental.
Após a repercussão negativa, a empresa Del Rey, que era responsável pela publicação do livro de Cait, cancelou o lançamento —originalmente previsto para maio de 2024.
A agente literária que acompanhava a carreira de Cait, Rebecca Podos, disse que desfez a parceria com a autora.
Mesmo considerando ter sido um desequilíbrio e uma crise momentânea, a autora assumiu a responsabilidade “pela dor e o sofrimento que causou.”
“Fiquei alguns dias fora das redes sociais para me sentir mais sóbria e ser completamente honesta com vocês e comigo mesma”, afirmou.


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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