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Espetáculo de dança contemporânea estreia nesta sexta-feira no RJ

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A Cia de Ballet Dalal Achcar apresenta, a partir desta sexta-feira (16), no Teatro Riachuelo Rio, na capital fluminense, três coreografias que reúnem elementos clássicos e contemporâneos. A primeira bailarina do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Márcia Jaqueline, assina uma das coreografias do espetáculo.

Montados pela companhia que tem o crivo de Dalal Achcar, grande dama da dança nacional, duas vezes presidente da Fundação Theatro Municipal e ex-diretora do Ballet da casa, os três espetáculos são apresentados em dois programas, em semanas consecutivas.

O primeiro espetáculo “Tal Vez”, do premiado coreógrafo Alex Neoral, acontece nesta sexta-feira (16) e no sábado (17), às 20h, e no domingo (18), às 17h. O balé traz a proposta de encontros e desencontros, mostrando as inúmeras possibilidades de experiências que a vida apresenta.

Já os inéditos “Sem Você” e “Macabéa” farão sua estreia nesta temporada, nos dias 23, 24 e 25, nos mesmos horários. O primeiro balé foi criado pelo coreógrafo e ‘maître de ballet’ Éric Frédéric, enquanto “Macabéa” é criação de Márcia Jaqueline.

Márcia morava na Europa durante a pandemia da covid-19 e, quando veio ao Brasil de férias, recebeu o desafio de Dalal Achcar de criar uma coreografia para a companhia. Ao voltar para a Áustria, leu A Hora da Estrela, de Clarice Lispector, e já começou a ver movimentos em forma de dança no desenrolar da história. A música escolhida também foi brasileira, de Heitor Villa-Lobos.

O momento mais difícil, segundo ela, foi montar a coreografia. “Eu tinha tudo desenhado no papel, os momentos que queria que os bailarinos entrassem e saíssem. Mas os passos mesmo, não tinha nada”, disse Márcia à Agência Brasil. Ela, então, fez uma proposta para si mesma, de criar a cada dia um minuto do balé.

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“Tinha dias que não vinha nada. Mas a música ajuda muito. E minha cabeça começou a borbulhar de ideias. Passei de um minuto para dois, para três”. Dois bailarinos da Companhia de Salzburgo, onde ela estava na época, a ajudaram a ver se o que imaginava funcionava. “Foi superbonito. Uma emoção”.

Márcia disse ter ficado animada em seguir a carreira de coreógrafa. Ela completa 41 anos de idade nesta sexta-feira (16) e já começou a pensar em novos caminhos da dança. “Chega um momento em que o corpo não aguenta e a coreografia é um caminho que eu penso em trilhar, a partir de agora”. Márcia já tem, inclusive, proposta para criação de nova uma coreografia para a Cia Dalal Achcar.

Sobre Márcia, Dalal Achcar afirmou à Agência Brasil que ela desenvolveu um talento que desconhecia ter. “Fez um trabalho muito bom e, de certa forma, até surpreendente para uma primeira coreografia, porque é um balé com começo, meio e fim. Nos surpreendeu no sentido de amadurecimento coreográfico, além de ser uma excelente primeira bailarina”, disse.

“Fiquei muito feliz de dar essa oportunidade a ela, porque a carreira de bailarina é muito curta. Eu acho que Márcia descobriu dentro dela um potencial (como coreógrafa). Porque a gente tem que incentivar os nossos artistas a criarem e a ficarem aqui”, acrescentou. Márcia se tornou primeira bailarina do Theatro Municipal em 2007 e, após trilhar uma carreira internacional, ingressou em 2021 na companhia de Dalal Achcar.

15/06/2023 - TAL VEZ - Balés da temporada 2023 da Cia de Ballet Dalal Achcar. Foto: Márcia Ribeiro/ Divulgação 15/06/2023 - TAL VEZ - Balés da temporada 2023 da Cia de Ballet Dalal Achcar. Foto: Márcia Ribeiro/ Divulgação

TAL VEZ – Balés da temporada 2023 da Cia de Ballet Dalal Achcar. Foto:Márcia Ribeiro/ Divulgação

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Dalal classificou o segundo balé inédito, “Sem Você”, do coreógrafo belga Éric Frédéric, como também surpreendente, talvez inspirado na pandemia, no confinamento, na perda de entes queridos. “É uma viagem em que a gente fica sem o outro, seja em relação aos amores da vida, seja ao casal, o amor maternal, seja a perda de entes queridos. É um trabalho admirável, com uma fluidez e uma sequência de movimentos e interpretações extremamente sensíveis e difíceis a serem superados pelos bailarinos”.

Dalal acredita que esse desafio amadureceu o corpo de baile da companhia. “A gente está vendo desabrochar muitos valores”. Ela confia que esses jovens não demorarão a ser conhecidos pelos nomes e pelo seu trabalho e não somente pela companhia onde atuam.

Ingressos

Os ingressos para os dois programas podem ser adquiridos no endereço https://teatroriachuelorio.com.br/ ou na plataforma Sympla (https://www.sympla.com.br). Os bailarinos da Cia de Ballet Dalal Achcar são Beatriz Loureiro, Camila Lino, Fernando Mendonça, Gabriela Sisto, Gabriel Diniz, João da Matta, Laís Lourenço, Livia de Castro, Manuela Medeiros, Maria Osório, Marlon Sales, Matheus Brito, Monserrat Chamorro, Tatiana Bezerra, Thaís Cabral, Victoria Borges, Vinícius Vasconcelos e Wallace Guimarães. A entrada custa R$ 36 (inteira) e R$ 18 (meia entrada).

Após a temporada no município do Rio, Dalal Achcar pretende levar os espetáculos para a capital de São Paulo e para as cidades do interior do estado do Rio de Janeiro. Serão feitas também apresentações em Belém (PA). “Acho que é preciso divulgar. Não podemos ficar só nas capitais”.

Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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