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Evento no Rio reúne skate, arte urbana e economia criativa
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A Fundação Nacional de Artes (Funarte), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o Instituto Bob Burnquist apresentam a partir de hoje (26) o Fun Arte – Arte em Circuito com Skate e Cultura. Esta é a primeira edição carioca do evento, que foi lançado em São Paulo, em novembro de 2021, e terá ainda este ano duas novas edições: em Belo Horizonte, em agosto, e em Brasília, em dezembro.
As atividades são gratuitas e envolvem esporte, música, circo, grafite, artes plásticas, economia criativa e tecnologia. O evento será realizado até o próximo domingo (29), na Escola Nacional de Circo, localizada na Praça da Bandeira, centro da capital fluminense. Os ingressos podem ser obtidos antecipadamente no site do evento. A programação completa também pode ser acessada na internet.
O encontro conta com a presença do skatista e referência mundial no esporte, Bob Burnquist, que receberá convidados especialistas em temas como criação de conteúdo, cripto arte e economia criativa, em oficinas e palestras que serão transmitidas ao vivo pela internet.
Arte urbana
O presidente da Funarte, Tamoio Athayde Marcondes, disse que o evento é uma forma de promover e incentivar a arte urbana no Brasil. “O Poder Público se preocupa com a arte urbana e quer inseri-la no calendário artístico nacional”, afirmou.
Segundo ele, era preciso encontrar um ícone dessa arte e o skate foi usado como ponto de partida. “Além de esporte, ele é atitude, é cultura. Envolve economia criativa, envolve a música, a moda. E nada melhor do que chamar o Bob [Burnquist] para participar.”
A parceria com a UFRJ é feita por meio da Escola de Música, que desempenha o papel de curadoria e produção-executiva para o projeto. O público vai poder conhecer um pouco mais sobre o esporte e participar de oficinas, rodas de conversa e assistir a performances artísticas.
Transformação
A ideia é mostrar que o skate é um estilo de vida e também uma ferramenta de transformação social, destacou Bob Burnquist, maior medalhista da história do X Games, a mais festejada competição de esportes radicais, com um total de 30 medalhas. Em entrevista à Agência Brasil, o esportista ressaltou que o skate transformou sua própria vida.
“O skate me colocou em uma linha reta-torta porque, quando a gente se apaixona por algo, é assim. Minha mãe usou o skate como ferramenta porque, na hora que ela viu que o skate era uma coisa de que eu gostava muito, quando eu começava a não ir bem na escola, ela tirava o skate. E dizia: Se você não for bem na escola e não estudar, também não vai andar de skate. Para mim, foi uma ferramenta de me colocar no eixo”, afirmou.
Bob Burnquist destacou que andar de skate não é fácil já que o esporte tem manobras que requerem, muitas vezes, horas de treino.
“Para mim, isso, em si, é uma lição já de vida. E eu enxerguei que poderia passar uma mensagem mais próximo à linguagem dos jovens. Usar o skate como uma ferramenta de resiliência, de transformação social, porque a gente sabe que a vida desses garotos não é fácil. Mas o skate faz com que eles entendam que, na vida, a gente vai cair. mas, com disciplina e força de vontade, você vai fazer acontecer, vai dar certo. Acho que o skatista é mais resiliente como cidadão.”
Até domingo, Bob Burnquist estará no evento participando das conversas com os jovens e colocando arte nas paredes. “Vou estar aqui interagindo, conversando e aproveitando o evento nesse espaço maravilhoso”. Ele vai levar alunos do seu instituto social que leva o seu nome para uma apresentação no Fun Arte. Haverá até uma minicompetição de skate, com disputa da melhor manobra. “Vai ser uma grande festa entre amigos”, garantiu.
Bob Burnquist o único brasileiro eleito Skater of the Year (Skatista do Ano), pela Thrasher Magazine. A arte e o estilo de andar de skate do brasileiro viraram referência mundial ao revolucionar o esporte com manobras criadas por ele, e ao se tornar octacampeão em Mega Rampa, estrutura de 105 metros de extensão por 27 metros de altura. Burnquist se divide entre a Califórnia (Estados Unidos) e o município do Rio de Janeiro, onde fundou o instituto social que leva o seu nome, como objetivo de inspirar, educar e transformar crianças e jovens por meio do contato com o skate e as artes urbanas.
Destaques
Estão marcados shows da cantora pop Lary; dos rappers Ryan Realcria e Taylan; dos Djs Machintal e Tamy; e, ainda, do grupo Instinto Coletivo, que traz no seu repertório os maiores sucessos da banda O Rappa; e do cantor e ator André Frateschi, que foi vocalista na turnê comemorativa dos 30 anos da Legião Urbana, junto a Marcelo Bonfá e Dado Villa-Lobos.
A programação inclui também apresentações de artes circenses, como contorcionistas, palhaços, acrobatas e malabaristas, oficinas dedicadas ao grafite, circo e técnicas para Djs. Durante todo o evento, funcionará no local um estande do projeto Arte na Fonte (@aartenafonte, no Instagram), com exposição de obras de oito artistas da periferia, especialmente produzidas para a ocasião. Essas obras poderão ser adquiridas pelo público e 80% da renda obtida serão revertidos para projetos sociais.
O acesso às atividades está sujeito à lotação da capacidade do local, por ordem de chegada, destacaram os organizadores.
Edição: Lílian Beraldo


BRASIL
Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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