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Exposição celebra a biodiversidade das Ilhas Cagarras

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As Ilhas Cagarras e seu entorno, que compreende desde a entrada da Baía de Guanabara às praias da zona sul do Rio de Janeiro, são objeto da exposição Cores e formas da esperança, organizada pelo Projeto Ilhas do Rio. A exposição será aberta amanhã (12), no Forte de Copacabana, no Posto 6 da praia do mesmo nome, e ficará em cartaz até o próximo dia 23. A entrada é gratuita.

A mostra presta homenagem ao Monumento Natural das Ilhas Cagarras e às águas do entorno que receberam o reconhecimento, em abril do ano passado, como novo Ponto de Esperança no mundo, pela aliança internacional Mission Blue. Os chamados Pontos de Esperança (Hope Spots) são locais cientificamente considerados como estratégicos para a saúde do oceano. Isso significa que têm uma rica e importante biodiversidade e necessitam de atenção.

O levantamento das pesquisas feitas pelo Projeto Ilhas do Rio abriu os olhos do mundo para essa unidade de conservação, que pode ser avistada de diversos pontos da cidade, como a orla de Ipanema. Ao serem estudadas a fundo, sob critérios científicos, foram registradas mais de 650 espécies de animais e plantas existentes no local, entre elas algumas raras, endêmicas e inéditas para a ciência.

Lado artístico

A coordenadora técnica do Projeto Ilhas do Rio, Aline Aguiar, lembrou hoje (11), em entrevista à Agência Brasil, que o trabalho de pesquisa e educação ambiental nas Ilhas Cagarras e águas do entorno começou em 2011, buscando chamar a atenção da sociedade para a biodiversidade das ilhas e a importância do local para a conservação do meio ambiente.

“Nossa proposta, com essa exposição, foi ressaltar o lado artístico das belezas naturais do local”, informou Aline. A partir do reconhecimento como Ponto de Esperança, o projeto quer mostrar à população que um local tão próximo de uma megalópole, como o Rio de Janeiro, guarda tantas riquezas naturais. “Chamar a atenção da população sobre esse tesouro que a gente tem tão próximo da capital do estado. Isso ajuda as pessoas a terem conhecimento, a respeitar e ter esse cuidado maior”.

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Muitas das exposições que o projeto vem fazendo ao longo de uma década têm esse lado da educação ambiental, de trazer a importância da biodiversidade, das espécies. “Hoje, a nossa proposta é trazer essa diversidade em formas e cores, para buscar esse encantamento mesmo das pessoas”, disse a coordenadora.

Fotógrafos

Para expor imagens do Monumento Natural das Ilhas Cagarras e águas do entorno cinco fotógrafos foram convidados. Alguns deles são pesquisadores do projeto, como Caio Salles, jornalista, instrutor de mergulho e integrante da equipe de comunicação do Projeto Ilhas do Rio; Liliane Lodi, doutora em biologia marinha e pesquisadora associada do Instituto Mar Adentro, responsável pela área de cetáceos do Projeto Ilhas do Rio, além de membro do Conselho Consultivo do Monumento Natural do Arquipélago das Ilhas Cagarras (MONA Cagarras); e João Ricardo Januzzi, surfista nas horas vagas, formado em cinema e embaixador do Projeto Ilhas do Rio.

Os outros dois profissionais convidados que expõem suas fotos na mostra são Áthila Bertoncini Andrade, oceanógrafo, mestre em zoologia e doutor em ecologia e recursos naturais, atualmente professor visitante vinculado ao Programa de Pós-graduação em Ecologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); e Fernando Coreixas de Moraes, formado em biologia marinha pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com mestrado e doutorado pelo Museu Nacional (MN-UFRJ). além de Pós-Doutorado pelo Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

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Forte Copacabana

Aline Aguiar destacou que o Forte de Copacabana é um local superprivilegiado porque o público pode sair da exposição e ver as Ilhas Cagarras ao vivo. “Essa é a proposta da exposição”, disse. São 15 fotografias emolduradas expostas no salão cedido pelo forte, mas Aline lembrou que fotos adicionais estarão distribuídas em totens para apreciação dos visitantes, que poderão assistir ainda ao filme A Voz da Esperança, que celebra um ano do reconhecimento das Cagarras como Ponto de Esperança.

As imagens expostas destacam a variedade de cores, formas, luzes e texturas encontradas na região. Alguns exemplos são o salto de um golfinho, feito pela pesquisadora Liliane Lodi; o close de uma estrela do mar, registrado pelo premiado fotógrafo subaquático Áthila Bertoncini; o momento de aves voando sob o céu alaranjado, registrado pelo biólogo Fernando Moraes; as montanhas do Rio de Janeiro vistas por entre as ondas, pelo olhar do surfista e fotógrafo João Ricardo Januzzi; o encontro no mar com uma tartaruga, tendo o Pão de Açúcar como pano de fundo, pelo jornalista Caio Salles.

A exposição Cores e Formas da Esperança conta com o apoio do Museu Histórico do Exército e Forte de Copacabana e do estúdio Arte Photo. O Projeto Ilhas do Rio é realizado pelo Instituto Mar Adentro, sob curadoria técnica do WWF-Brasil.

Edição: Fernando Fraga

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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