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Festival de Teatro Universitário é retomado em formato presencial
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O Festival de Teatro Universitário (Festu), considerado o mais importante do país na categoria, realiza a partir de hoje (1º) sua décima segunda edição, retornando ao formato presencial após a pandemia de covid-19. As edições de 2020 e 2021 foram realizadas virtualmente, com a filmagem dos grupos participantes feita no Teatro Ipanema, na zona sul do Rio.
“Agora, a gente vai para o Teatro João Caetano, tradicional e super importante, o mais antigo da cidade do Rio, localizado na Praça Tiradentes (região central da cidade), justamente para celebrar esse retorno presencial”, disse o ator e roteirista Felipe Cabral, criador do evento ao lado do produtor cultural Miguel Colker. Cabral é diretor artístico do Festu. O tema do festival este ano é A Festa do Teatro, “com um clima de retomada da cultura, do teatro, da celebração dos nossos artistas”, destacou Cabral.
O evento será realizado nos dias 1º, 2 e 3 de julho. Hoje e amanhã, a partir das 20h, serão apresentados 18 espetáculos selecionados pela curadoria do festival para a Mostra Competitiva, sendo nove grupos em cada dia. Desses 18 grupos, os jurados vão selecionar oito que se apresentarão no domingo (3), às 17h, e vão concorrer às premiações nas categorias: melhor esquete, melhor esquete pelo júri popular, melhor ator, melhor atriz, melhor direção, melhor direção de movimento, melhor texto original, melhor iluminação, melhor cenografia e Melhor figurino.
Patrocínio
O melhor esquete escolhido pelo júri técnico ganhará patrocínio de R$ 30 mil para a montagem do próprio espetáculo, em 2023. Já o grupo escolhido como melhor esquete pelo júri popular receberá R$ 15 mil com a mesma finalidade. Os escolhidos das outras categorias receberão como prêmio bolsas de estudos em centros de teatro, música, dança e artes cênicas na cidade do Rio.
O diretor artístico lembrou que os contemplados com patrocínio para montagem do espetáculo, no próximo ano, ganham ainda curadoria de um programa de educação financeira para a melhor gestão do patrocínio recebido no projeto Festu Investe. Nesta edição, a curadoria é dada pelo banco Modalmais e pela HIG Capital, que ensinarão como gerir da melhor maneira o valor recebido. Além disso, ao responder a um quizz com dez perguntas, quem tiver maior número de acertos poderá aumentar o valor do patrocínio recebido em até 5%, adiantou Cabral.
Festas
Felipe Cabral informou que ao fim das apresentações em cada dia, o público presente no Festu poderá se divertir nas festas gratuitas que acontecerão no espaço ao lado do Teatro João Caetano. “A gente vai cercar com grade, botar banheiro químico, vai ter barraquinhas de comida e de bebida. A gente terá pipoca gratuita todos os dias e preços superpopulares também porque, neste ano, a gente está em um teatro público, com preços de R$ 5 (inteira) e meia a R$ 2,50, o que garantea você participar do festival e ainda ficar para a festa. Tudo isso faz parte do pacote”, afirmou Felipe Cabral. Os ingressos da Mostra Competitiva podem ser comprados no site http://funarj.eleventickets.com
Nesta sexta-feira, a festa será comandada pelo coletivo Minha luz é de LED, a partir das 23h. Amanhã (2), o bloco de carnaval Filhes da M, da Escola de Teatro Martins Penna, mais antiga escola pública de teatro da América Latina, e a DJ Jojo Rodrigues serão os responsáveis pela diversão, a partir da meia-noite. No domingo (3), o DJ Caio Bucker e a DJ Tatah Toscano serão as principais atrações da noite, que começará às 22h30.
Valorização
Segundo o criador do festival, todos os grupos participantes devem estar fazendo algum curso universitário ou escola técnica de teatro, de qualquer lugar do Brasil. “Não necessariamente precisa ser um curso de artes cênicas. Pode ser qualquer curso. Essa é a ideia desde o começo do Festu, em 2010”, observou. A ideia é valorizar quem está começando, quem ainda está podendo experimentar no teatro, pesquisar linguagens, está entrando ou quer ter visibilidade para entrar no mercado.
“O objetivo é também tirar um pouco a visão de teatro universitário, feito por estudantes, como uma coisa amadora, menor. Mostrar que nos centros acadêmicos há uma geração muito jovem, que está tendo liberdade, ainda sem pressão do mercado, de experimentar, pesquisar, formar novos coletivos e companhias. O Festu tem esse olhar de dar a essa galera um espaço maior ainda de projeção e o aval para que experimentem, se juntem, troquem com as outras escolas e cursos. O festival é também essa oportunidade de intercâmbio teatral entre as diferentes escolas de teatro”, destacou Cabral.
Artistas
Nesta 12ª edição, o Festu contará com os artistas Samantha Schmütz, Ivan Mendes, Luiza Loroza, Gilberto Gawronski e Guilherme Gonzalez, que se revezarão no júri, nos três dias do evento. Nas edições anteriores, o júri técnico foi integrado por nomes como Lilia Cabral, Miguel Falabella, José Wilker, Patricia Pillar, José de Abreu, Marília Pera, Cássia Kiss, Tonico Pereira, Milton Gonçalves, Zezé Polessa, Wolf Maia, João Falcão, Catarina Abdala, Stella Miranda, Otávio Augusto, Nathalia Dill, Malu Galli, Babu Santana e Bianca Comparato, entre outros.
O público também poderá assistir à produção teatral das companhias universitárias que venceram edições anteriores do Festu. Elas farão parte da mostra da edição 2022, que será composta pelos espetáculos vencedores de melhor esquete e melhor esquete pelo júri popular do nono, décimo e décimo primeiro festival. As informações sobre horários das apresentações podem ser obtidas no site www.festu.com.br.
A décima segunda edição do Festu é realizada pelo governo federal, por meio do Ministério do Turismo e da Secretaria Especial da Cultura e da Lei de Incentivo à Cultura. Desde sua primeira edição, o evento recebeu mais de 3,3 mil inscrições de grupos teatrais de todo o país, envolvendo 50 mil jovens. As apresentações foram assistidas por 280 mil espectadores. O Festu ainda patrocinou 17 espetáculos e distribuiu R$ 800 mil em premiações.
Edição: Graça Adjuto
Fonte: EBC Geral


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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