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Festival Interculturalidades ocupa equipamentos e ruas de Niterói
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A Universidade Federal Fluminense (UFF), por meio do Centro de Artes, promove a partir desta quarta-feira (20) a 13ª edição do Festival Interculturalidades, que ocupará Niterói com atrações inteiramente gratuitas. O evento marca a agenda conjunta da Fundação de Arte de Niterói (FAN) e a universidade, após acordo de cooperação técnica firmado entre as instituições. A parceria tem caráter científico, artístico e cultural e visa fortalecer o vínculo das políticas culturais com os territórios e a cidade, movimentando a cena artística do município.
O festival se estenderá até o dia 1º de outubro. A programação completa está disponível no site do Centro de Artes UFF e no portal Cultura Niterói.
O tema escolhido para a edição 2023 do evento é Inventação, “brincadeira em torno do inventar, que é uma ação”, disse o superintendente do Centro de Artes UFF, Leonardo Guelman, curador do projeto. A palavra inventação foi tirada do escritor Guimarães Rosa para trabalhar a dimensão de que a arte está sempre produzindo, sempre inventando, recriando. “E [esse] é o contexto de Brasil que a gente está. Depois dos últimos anos, se coloca um novo horizonte para a arte, para que ela possa ter esse papel de reinventar o mundo. A arte também tem essa dimensão de criar sentido”. Para Guelman, agora o Brasil volta a procurar um sentido que, de alguma forma, está muito ligado com a multiplicidade de expressões, a diversidade de culturas. “É daí que vem a inventação do Brasil, a partir de suas matrizes, da diversidade do seu povo”, acrescentou.
Guelman informou que durante o período do festival, há uma linha de espetáculos em que são reunidos grandes ícones da poética, como é o caso do tropicalista Tom Zé, no dia 26, às 20h, com um pessoal mais novo do hip hop, como Rico Dalasam, N.I.N.A. Ao mesmo tempo, o evento apresenta mestres como o sambista Nei Lopes, Cátia de França. “É uma programação bem variada”. No próximo domingo (24), haverá o espetáculo Kabaret KarióKa – Teatro do Anônimo, às 19h, no Teatro UFF. No sábado (23), às 16h, terá projeção do Cine Orquestra O Circo – Chaplin.
Filósofo
Nesta quinta-feira (21), às 17h, no Teatro da UFF, haverá a conferência Semear Palavras, do pensador quilombola e filósofo do Piauí Antônio Bispo dos Santos, mais conhecido como Nêgo Bispo, considerado uma das principais vozes do pensamento das comunidades tradicionais do Brasil na atualidade. “A presença de Nêgo Bispo visa, justamente, pensar novas formas de territorializar o Brasil, de pensar a vida social, a produção. É um pensador que vem do chão da terra, oriundo do Quilombo Saco-Cortume, de São João do Piauí”. Para o curador Leonardo Guelman, a marca é diversidade e chão, “a linguagem que vem da terra, e perceber que nessa linguagem que vem da terra também se dá a inovação. A tradição e a inovação não são polos opostos. Elas se recriam. Toda inovação parte da tradição e esta não está fixada. Ela se move, se recria. Daí a inventação”, afirmou Guelman.
Os shows que vão abrir a programação diária são feitos por artistas de Niterói, como André Jamaica, Joca. Tudo é gratuito para o público. Nesta quarta-feira (20), por exemplo, às 19h, se apresentarão o bandolinista Hamilton de Holanda e Mestrinho, nos jardins da reitoria, espaço aberto, convidando todo o público para participar e interagir nesta 13ª edição do Interculturalidades. O festival envolverá múltiplas expressões culturais, como apresentações musicais e teatrais, conferências, cursos e desfiles. Participarão também os coletivos artísticos Orquestra Sinfônica Nacional UFF e Companhia de Ballet de Niterói.
Afetividades e Olhares
Nesta quarta-feira (20), às 17h, o Espaço UFF de Fotografia abrirá a exposição Afetividades e Olhares. Serão exibido trabalhos de 12 fotógrafas brasileiras contemporâneas de 11 estados do país, com trajetórias e linguagens específicas, que revelam diferentes olhares em torno da cultura nacional e do tema do afeto. As artistas são Aziza Xavier (Minas Gerais), Marcela Bonfim (Rondônia), Raquel Bacelar (Bahia), Cristal Luz (Alagoas), Raquel Gandra (Rio de Janeiro), Daniela Paoliello (Minas Gerais), Ilana Bar (São Paulo), Ana Mendes (Amazonas/São Paulo), Marília Oliveira (Ceará), Isabella Lanave (Curitiba), Ingrid Barros (Maranhão), Dayse Euzébio (Paraíba).
Essa exposição é uma extensão do projeto Galeria Mundo, realizado em abril deste ano em três cidades fluminenses – Rio de Janeiro, Teresópolis e Cabo Frio. Maiores informações sobre o projeto são obtidas no catálogo online gratuito, que pode ser acessado aqui.
Estão programados ainda curso de percussão e oficina de teatro com Amir Haddad, entre outras atividades. O encerramento do festival está previsto para ocorrer no dia 1º de outubro, na Rua Presidente Domiciano, em frente ao Solar do Jambeiro.
O presidente da Fundação de Artes de Niterói, Fernando Brandão, destaca a relação do projeto com a cidade, uma vez que as atividades envolvem o Centro de Artes UFF, a Sala Nelson Pereira dos Santos, o Museu Janete Costa de Arte Popular, além da ocupação de espaços urbanos, como as ruas em frente ao Solar do Jambeiro. Ele diz que para a fundação, é muito importante valorizar o reconhecimento desse saber tradicional e promover uma troca entre artistas de renome e tradicionais com os músicos e a comunidade local. Brandão lembra que a prefeitura reconhece a importância de serem ocupados não só os equipamentos culturais, mas também os territórios, praças e ruas da cidade com eventos como o Interculturalidades.
Fonte: EBC GERAL


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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