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Festival no Rio comemora Dia Mundial da Dança

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Quatorze grupos com protagonismo negro no cenário da dança iniciam hoje (29), Dia Mundial da Dança, a quinta edição do Festival Sesc EntreDança, considerado um dos maiores eventos do gênero no país. A última edição do festival, indicado duas vezes ao Prêmio Cesgranrio, ocorreu em 2019, antes da pandemia de covid-19.

Dando continuidade ao tema da última edição – O corpo negro -, o festival vai percorrer cinco cidades fluminenses (Rio de Janeiro, Nova Friburgo, Nova Iguaçu, Paraty e Petrópolis) até o dia 16 de maio. Na programação, estão obras de dança criadas e executadas por artistas negros.

Dezesseis espaços desses municípios fluminenses, entre unidades do Serviço Social do Comércio (Sesc) e parceiros, receberão os grupos de dança do Rio e de mais cinco estados brasileiros: Bahia, Ceará, Minas Gerais, Pernambuco e São Paulo. A maioria dos espetáculos é inédita no Rio. A programação completa pode ser acessada no site do evento.

festival Sesc EntreDança festival Sesc EntreDança

festival Sesc EntreDança – Anderson

Importância

André Gracindo, analista técnico de Artes Cênicas do Sesc RJ e um dos curadores do festival, disse que a interrupção forçada há dois anos levou a entidade a refletir sobre a missão institucional e suas ações. “A cada dia de novos desafios e impactos sofridos, permaneceu a certeza de que o corpo negro continuou sendo o mais atingido, o que teve menos alternativas e possibilidades diante da doença, das imposições do mundo do trabalho e das consequências da pandemia, ainda em curso”, afirmou Gracindo. Segundo ele, a continuidade da ação pretende reafirmar a importância das suas contribuições para o cenário cultural do país.

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A quinta edição do Sesc EntreDança traz novidades, entre elas uma mostra audiovisual. Foi formado também um núcleo de crítica, que produzirá textos sobre os espetáculos da programação para serem publicados no site do projeto. Pela primeira vez, o EntreDança será realizado conjuntamente com o Polo Sociocultural do Sesc Paraty e o Centro Cultural do Polo Educacional Sesc, situado em Jacarepaguá, na zona oeste da capital, administrados pelo Departamento Nacional da instituição.

A abertura oficial do evento está prevista para as 19h, no Sesc Copacabana, com entrada franca. Será um encontro de todos os artistas da programação, com interlocução de Luciane Ramos-Silva. A noite contará com o artista Carlos Negreiros, da Orquestra Afro-Brasileira, que apresentará canções autorais da histórica companhia de dança Olorum Baba Min, da qual foi diretor musical.

Destaques

Entre os destaques da programação está o Reinado de Nossa Senhora do Rosário do Jatobá, irmandade formada por cerca de 150 pessoas, que mantém ativa a tradição do Reinado há mais de 130 anos. Trata-se de expressão cultural de matriz banto no país, que hoje é encontrada, em sua maior parte, no estado de Minas Gerais. O Reinado apresentará Cortejo e Louvação, nos dias 13 e 14 de maio, na Universidade Federal do Estado do Rio (Unirio) e na Praia de Copacabana, respectivamente. Nas duas apresentações, o público poderá conhecer a força e a importância histórica, social e cultural das confrarias negras católicas no Brasil, informou a assessoria de imprensa do Sesc.

festival Sesc EntreDança festival Sesc EntreDança

festival Sesc EntreDança – Luiz-Alves/Direitos reservados

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Entre as ações de formação e reflexão do projeto, a professora e pesquisadora Leda Maria Martins, que integra o Reinado de Jatobá e Rainha de Nossa Senhora das Mercês, dará a aula magna Corpos bailarinos, saberes em trânsito, no dia 16 de maio. Ela abordará as relações entre corpo, saber, memória e território. A atividade é gratuita. As atividades pagas têm preços populares entre R$ 5 e R$ 30, sendo o ingresso gratuito para estudantes de artes cênicas com documentação válida.

O Sesc EntreDança mescla ainda noites do passinho, com a participação feminina no movimento funk, e o krump, de Bruno Duarte que, em Formigueiro, mistura técnicas dessa expressão das danças urbanas com outros elementos coreográficos.

Edição: Graça Adjuto

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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