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Festival Paralímpico reúne mais de 21 mil jovens em todo o país
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O primeiro Festival Paralímpico de 2023 reuniu mais de 21 mil crianças e adolescentes neste sábado (20), em 119 núcleos, distribuídos pelos 26 estados do país e no Distrito Federal. A marca é um recorde do evento, realizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) desde 2018 e que leva atividades que simulam modalidades paralímpicas, de forma lúdica, a jovens de 8 a 17 anos, com e sem deficiência.
O Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, foi uma das sedes do festival. A estrutura, que costuma receber a preparação dos principais atletas paralímpicos do país ao longo do ano, teve a presença de mais de mil crianças e adolescentes, praticando atletismo, bocha, tiro com arco e esgrima em cadeira de rodas.
“Foi uma verdadeira festa da inclusão, com a interação de pessoas com e sem deficiências em todo o território nacional. Mostramos, claramente, que todos podem fazer as mesmas coisas, ainda que de forma diferente”, destacou o presidente do CPB, Mizael Conrado, ao site oficial da entidade.
O evento não recebeu somente jovens brasileiros. Segundo o Comitê, 40 dos cerca de 130 participantes da sede de Boa Vista eram venezuelanos, que praticaram atividades de atletismo, bocha e vôlei sentado.
“Não conhecia o esporte paralímpico. Amei esta manhã. Eu me senti livre, sem vergonha de ser quem eu sou. Não sei explicar direito. Foi uma energia diferente e muito boa. Agora, não quero mais sair do atletismo”, declarou a venezuelana Sara Velázquez, de 16 anos, que utiliza cadeira de rodas por ter perdido força nos membros inferiores.
De acordo com o CPB, a maior parte (36%) dos participantes deste ano tinham deficiência intelectual. Outros 19,5% eram crianças e adolescentes com transtorno do espectro autista, enquanto jovens com deficiência física representaram 10,2% do total. Os demais inscritos se dividiram entre pessoas com outros tipos de comprometimento (visual, auditivo e múltiplos) e os 20% de vagas destinadas a pessoas sem deficiência.
Uma segunda edição do Festival Paralímpico em 2023 está prevista para 23 de setembro, outra vez no sábado. A data encerra a semana em que se comemora o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência (21 de setembro) e o Dia Nacional do Atleta Paralímpico (22).
Fonte: EBC GERAL


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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