BRASIL
Funarte lança candidatura do circo como patrimônio cultural imaterial
BRASIL
A Fundação Nacional de Artes (Funarte) recebe até quarta-feira (29) inscrições para a Bolsa Funarte de Pesquisa para Reconhecimento do Circo como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas exclusivamente pela internet, por meio do preenchimento de formulário disponível na internet.
Serão concedidas dez bolsas, sendo duas para cada região do país, com o objetivo de montar um dossiê da candidatura do circo como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
“Os projetos vão auxiliar para que todo o material reunido pelos pesquisadores bolsistas sirva para a candidatura”, disse à Agência Brasil o diretor do Centro de Programas Integrados da Funarte, José Alex Botelho de Oliva Jr.
Ele esclareceu que “o Iphan está conosco como parceiro em todas as etapas do edital”. Cada projeto vencedor será contemplado com R$ 20 mil. Com o concurso, a Funarte tem como contribuir para identificar, valorizar e dar visibilidade à produção artístico-cultural do circo, além de promover a ampliação da produção circense, sua difusão e sustentabilidade econômica e social, explicou o diretor.
Vivências
Serão selecionados projetos de pesquisa de campo, que se baseiem nas famílias circenses, suas iniciativas, ações ou atividades de natureza artística e cultural, troca de saberes entre gerações e produção nas localidades de caráter fixo ou itinerante, em âmbito nacional.
As propostas devem abranger a produção de conhecimento no campo das formas de expressão, os modos de criar, fazer e viver, as criações artísticas, o impacto nas localidades, as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações circenses.
Segundo o edital, podem se inscrever no processo seletivo pessoas físicas residentes no Brasil e que tenham atuação comprovada nas áreas relacionadas ao circo e às artes cênicas. Outras informações podem ser obtidas pelos interessados pelo e-mail circo.patrimonio@funarte.gov.br. O resultado dos vencedores do edital deverá ser divulgado no final de agosto, no site da Funarte, após análise dos recursos que forem apresentados.
Edição: Kleber Sampaio


BRASIL
Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
-
MATO GROSSO2 dias atrás
Consumidores preferem importar aeronaves ao invés de comprar no Brasil; entenda o porquê
-
MATO GROSSO1 dia atrás
Edcley Coelho Suplente de Vila Bela da Santíssima Trindade toma posse como deputado estadual na ALMT
-
MATO GROSSO9 horas atrás
AACCMT completa 26 anos com mais de 20 mil atendimentos a crianças e adolescentes com câncer