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Governo de SP anuncia revisão de estatísticas criminais de 2022

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A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) anunciou que vai criar um grupo de trabalho para rever as estatísticas criminais referentes a todo o ano de 2022. A decisão foi publicada no Diário Oficial desta sexta-feira (26).

O grupo, formado por representantes da secretaria e das polícias Civil, Militar e Técnico-Científica, deverá apresentar, no prazo máximo de 35 dias, a análise dos dados do ano passado.

A mudança ocorre um dia após a divulgação das estatísticas criminais do estado, que é publicada sempre no dia 25 de cada mês. Nessa divulgação, que é feita há muitos anos, constam dados referentes a roubos, estupros, furtos, homicídios e latrocínios que ocorrem em todo o estado e são sempre comparados aos do mesmo mês do ano anterior. Ou seja, os dados de abril de 2023 são comparados ao mês de abril de 2022.

A mudança também acontece em um momento em que os números do estado vinham apresentando crescimento em comparação ao ano anterior. No último balanço divulgado pela secretaria, por exemplo, referente ao mês de março, havia subido o número de casos de homicídios, estupros, roubos e furtos em todo o estado de São Paulo.

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A secretaria não esclareceu se a mudança nas estatísticas decorre desse aumento de casos. Por meio de nota, o órgão apenas informou que a Coordenadoria de Análise e Planejamento da SSP identificou inconsistências em alguns registros criminais referentes ao mês de abril de 2022. “Parte das ocorrências dos roubos e furtos de veículo em diferentes regiões do estado foram registradas equivocadamente em outros indicadores. Estes dados foram revistos e as estatísticas criminais relacionadas a abril de 2023, divulgadas ontem, já trazem os números atualizados”, disse a secretaria.

Indicadores de abril

Antes da correção feita pela secretaria, em abril deste ano, foram registrados 1.126 estupros, um aumento de 14,9% na comparação com igual mês do ano passado (980 casos). Mas, com a correção feita agora pela secretaria, o número de casos de estupros saltou de 980 para 1.013 ocorrências em abril do ano passado. Com isso, na comparação com abril deste ano, essa variação diminuiu de 14,9% para 11,2%.

Já o total de furtos somou 45.232 ocorrências em abril deste ano, queda de 3,7% em relação ao mês de abril de 2022, já com os dados corrigidos. Antes dessa alteração, a secretaria não registrava uma queda, mas um aumento de 1,1% no total de furtos do estado.

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No caso específico dos roubos, houve queda de 10,4% na comparação com o mês de abril do ano passado corrigido, somando 18.343 ocorrências. Por sua vez, os latrocínios (roubo seguido de morte) não tiveram quaisquer alterações, somando 16 ocorrências em todas as circunstâncias.

Também não houve alterações nos números de homicídios dolosos (intencionais), que passaram de 230 casos em abril de 2022 para 226 em abril deste ano, variação de 1,7%.

Confira, abaixo, a tabela que foi divulgada pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo onde constam os números referentes a abril de 2023 e os números de abril de 2022 antes da correção e após as alterações feitas pela secretaria.

Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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