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Governo garante uso de hidrogênio na transição energética

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Em congresso nesta quarta-feira  (31), o secretário de Planejamento e Transição Energética do Ministério de Minas e Energia, Thiago Barral, garantiu que o governo está comprometido com um plano trienal de ações para o uso de hidrogênio verde na transição energética.

“Vamos, obviamente, começar com uma proposta de aprimoramento e implementação de um marco legal do hidrogênio de baixo carbono. Isso é fundamental para dar segurança jurídica e um norte para os investimentos”,  disse o secretário, em participação por vídeo no 3º Congresso Brasileiro de Hidrogênio, Transição Energética, Descarbonização e Reindustrialização, em Maricá, no Rio de Janeiro. 

O secretário explica que o plano também prevê a mobilização de recursos em pesquisa e desenvolvimento para o hidrogênio. 

Transição energética

A Política Nacional de Transição Energética do governo federal inclui o Programa Nacional de Hidrogênio como uma peça importante em compromissos como a busca por acelerar o alcance de tecnologias de baixo carbono. Esta transição prevê a passagem do uso de energias fósseis para o uso de energias sustentáveis, ou descarbonizadas.

O secretário detalhou que a política está baseada em dois eixos. Um é  a transformação setorial, que inclui a descarbonização da indústria de óleo e gás. O outro é o ambiente favorável, que pretende reunir instrumentos setoriais e transversais, fundamentais na criação das condições para ocorrerem os investimentos e a redução dos custos das novas tecnologias de baixo carbono.

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“Aí estamos falando desde o aprimoramento do planejamento dos instrumentos de diálogo e transparência, estrutura tributária, acesso a financiamento de baixo custo, a cooperação internacional, questões como aprimoramento de marcos legais e regulatórios para o hidrogênio, os combustíveis e o mercado de baixo carbono”, explicou.

Competitividade

Segundo o secretário, mais de 40% das reduções das emissões de carbono na produção e uso de energia ainda dependem de energias e tecnologias ou modelos de negócios que não estão maduros ou competitivos.

“Nós precisamos preparar este terreno e é aí que recai a importância do Programa Nacional de Hidrogênio, que tem governança inclusiva com um comitê gestor de ampla participação da academia e dos ministérios, uma estrutura com seis eixos que vão cobrir desde desenvolvimento tecnológico, formação profissional, planejamento, estrutura legal e regulatória, desenvolvimento de mercado, cooperação internacional e contando com estruturas de câmaras técnicas lideradas pelos mais diversos ministérios para que possamos dar um olhar transversal, bastante abrangente e holístico para as oportunidades de baixo carbono”.

Desafio

O secretário destacou, no entanto, que há desafios que precisam ser superados, como identificar os setores de potenciais consumidores do hidrogênio de baixo carbono e incorporar o prêmio de qualidade ambiental do produto brasileiro na cadeia de valor. “Eu diria que esse é um dos grandes desafios que temos, que é precificar e conseguir que esse hidrogênio possa ser internalizado nas cadeias de valor. O Brasil tem o potencial de ofertante, mas precisamos conseguir as pontes com segmentos que vão demandar o hidrogênio e precificar a qualidade ambiental do produto brasileiro”, pontuou.

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Hidrogênio

O hidrogênio é um elemento químico que pode ser usado como combustível. Sua obtenção é feita de várias formas, entre elas por transformação de combustíveis fósseis, com extração do hidrogênio e liberação de gás carbônico na atmosfera, ou de forma limpa, por eletrólise da água, com a separação de hidrogênio e oxigênio, e por biomassa, com extração do hidrogênio e transformação do carbono em produto sólido. 

Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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