BRASIL
Greve dos rodoviários no Rio de Janeiro paralisou sistema do BRT
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Os rodoviários do Rio de Janeiro fizeram greve na madrugada e início da manhã de hoje (29). De acordo com o sindicato da categoria, o sistema convencional foi parcialmente afetado e o BRT, que tem ônibus articulados com corredores exclusivos, chegou a ser totalmente paralisado.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Sebastião José, a entidade ainda não foi notificada pela justiça sobre a decisão liminar que impede a greve, mas decidiu suspender o movimento diante da aplicação de multa de R$ 200 mil diários ao sindicato em caso de descumprimento da decisão.
“As empresas estão usando a liminar como forma de impor o retorno dos profissionais, porém o sindicato ainda não foi comunicado oficialmente da liminar. Assim que isso ocorrer, iremos convocar uma assembleia para comunicar a categoria a decisão judicial. Isso já era esperado por parte das empresas, que trata a categoria como gado e sem nenhuma sensibilidade em relação as necessidades da categoria”
Ele explica que a categoria está com os salários congelados há três anos e as negociações com as empresas não avançam. Os rodoviários reivindicam a recomposição salarial pela inflação acumulada desde 2019.
“Desde setembro nós tentamos a negociação de recomposição do piso salarial da categoria e da cesta básica, sem nenhuma proposta encaminhada pelos empregadores. Então os trabalhadores não aguentam mais trabalhar em situações precárias e há três anos sem reajuste salarial. A greve está decretada e nós pedimos a compreensão da população para essa luta dos trabalhadores. População essa que também tem sido prejudicada nos últimos tempos com o sucateamento e a falência do transporte público”.
A assembleia marcada para 14h, em Rocha Miranda, foi suspensa, diante da liminar.
“O Sintrucad-RIO espera reverter essa decisão com a mesma rapidez em que os patrões obtiveram a liminar e requererá novamente que o Tribunal aplique a lei e seus precedentes concedendo as reinvindicações básicas aos rodoviários, enquanto isso conclama a categoria a manterem-se mobilizados e atentos a informações do sindicato”, diz o comunicado da entidade.
Prefeitura
De acordo com a Mobi-Rio, empresa pública que opera o BRT, mesmo com a decisão liminar que suspende a greve dos rodoviários, os motoristas não se apresentaram ao trabalho no início do turno.
A prefeitura montou um plano de contingência para reduzir os transtornos causados pela greve e informou que os serviços de ônibus convencionais estão operando parcialmente desde a madrugada e estão sendo regularizados ao longo da manhã de hoje.
A operação dos modais foi reforçada, com a extensão do horário de pico do veículo leve sobre trilhos (VLT), que circula no centro da cidade, garantindo 7 minutos de intervalo nas três linhas.
O metrô teve oferta extra nos horários de entrepico e foram colocados trens reservas da Supervia no Ramal Santa Cruz e Gramacho, que serão acionados caso a demanda de passageiros aumente.
As barcas maiores estão sendo utilizadas na ligação Cocotá (Ilha do Governador) – Praça XV (Centro). Os horários das linhas foram retomados de acordo com os intervalos pré-pandemia.
Segundo a prefeitura, as vans e os chamados “cabritinhos”, que circulam em comunidades, estão autorizados a desviar o itinerário para atender estações de trem, metrô e BRT.
O Centro de Operações da Prefeitura do Rio (COR) informou que o município entrou em Estágio de Mobilização à 0h devido ao anúncio de greve dos rodoviários.
Empresas
Em nota, o Rio Ônibus, sindicato que reúne as empresas, repudiou o movimento grevista e destacou a liminar judicial concedida no fim da noite de ontem.
“A decisão da Justiça estipula multa diária de R$ 200 mil ao Sindicato dos Rodoviários em caso de descumprimento da decisão, assinada pela desembargadora Edith Maria Correa Tourinho, presidente do Tribunal Regional do Trabalho da Primeira Região”, destacou a entidade.
O porta-voz do Rio Ônibus, Paulo Valente, afirmou que a greve não vai resolver os problemas da categoria, além de agravar a atual crise de mobilidade na cidade.
“O Rio Ônibus pede que os rodoviários retornem imediatamente ao trabalho para atender a população carioca. Nós sabemos dos problemas que a categoria atravessa estamos em tratativas com a prefeitura na busca de soluções para resolver os problemas das empresas, dos rodoviários, da própria prefeitura e, principalmente, da população do Rio de Janeiro, que merece um transporte melhor”.
De acordo com o sindicato patronal, mesmo em meio às dificuldades financeiras, com o congelamento das tarifas e o aumento do diesel, as empresas têm priorizado o pagamento dos rodoviários e a manutenção de seus empregos.
“O reajuste de salários depende de ações externas, já que três dos quatro consórcios se encontram em recuperação judicial”, alega o Rio Ônibus.
Edição: Bruna Saniele


BRASIL
Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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