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Instabilidade do tempo prejudica buscas em Petrópolis

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A cidade de Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro, devastada pelo temporal da última terça-feira (15), ainda tem previsão de chuvas intensas para hoje (19). Desde o início da tragédia,  o município vem enfrentando momentos de retorno das chuvas que prejudicam as buscas por desaparecidos e a recuperação da cidade, inclusive interrompendo os trabalhos. 

Neste sábado (19), uma forte neblina que começou no meio da manhã e ainda seguia no início da tarde, atrapalhou os trabalhos das equipes, incluindo a retirada de corpos de vítimas. A neblina provocada por nuvens baixas interfere também na limpeza de locais atingidos.

“O posicionamento da Zona de Convergência do Atlântico Sul sobre a Região Sudeste manterá as condições de tempo instáveis em Petrópolis, com chuvas a qualquer momento. A partir da tarde, há previsão de pancadas de chuvas intensas devido, também, a instabilidade gerada pelo aquecimento diurno”, indica a previsão com a qual trabalha a Defesa Civil.

A previsão de hoje até as 12h de amanhã indica céu nublado a encoberto, com chuvas fracas a moderadas a qualquer momento, com pancadas de chuva moderada/forte nos períodos da tarde e noite. “Ventos com intensidade fraca a moderada, sendo mais intensa nos momentos das pancadas.Temperatura mínima de 15ºC e máxima de 24ºC. A umidade relativa do ar variará entre 80% e 95%”, acrescentou.

De amanhã até segunda-feira (21) às 12h, a previsão é de céu nublado a encoberto, com previsão de chuvas fracas a moderadas a qualquer momento. “Com pancadas de chuva moderada/forte nos períodos da tarde e noite. Ventos com intensidade fraca a moderada, sendo mais intensa nos momentos das pancadas.Temperatura mínima de 15ºC e máxima de 24ºC. A umidade relativa do ar variará entre 80% e 95%”, informou.

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Drones

Para auxiliar no resgate às vítimas dos deslizamentos, uma equipe da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da Polícia Civil do Rio, utiliza drones no apoio ao trabalho da Defesa Civil. Os equipamentos sobrevoam regiões em busca de sobreviventes e fazem o monitoramento de áreas atingidas, além de analisar riscos de novos deslizamentos.

A ação faz parte da força-tarefa da Polícia Civil, que conta com peritos legistas e criminais, papiloscopistas, técnicos e auxiliares de necropsia, servidores de cartório e de diversas delegacias da Região Serrana que atuam no apoio terrestre e aéreo em Petrópolis.

Imagens de drone das áreas de deslizamento de encosta em Petrópolis, em decorrência das fortes chuvas que atingiram a região serrana do Rio de Janeiro Imagens de drone das áreas de deslizamento de encosta em Petrópolis, em decorrência das fortes chuvas que atingiram a região serrana do Rio de Janeiro

Imagens de drone das áreas de deslizamento de encosta em Petrópolis, em decorrência das fortes chuvas que atingiram a região serrana do Rio – TV Brasil

Mutirão

Os serviços estaduais do Rio de Janeiro fazem hoje e domingo um esquema de mutirão em Petrópolis para atender famílias atingidas pelos efeitos da chuvas que atingiram a cidade.

Entre os moradores, muitos perderam os documentos básicos. Para garantir novas carteiras de identidade e a segunda via de habilitação, o Departamento de Trânsito atende em dois pontos. Um no posto provisório em instalações cedidas pela Fecomércio no Sesc Quitandinha. O outro é no Colégio Estadual Rui Barbosa, no Alto da Serra, bairro onde ocorreu o maior número de vítimas de desabamentos.

O atendimento no Sesc Quitandinha é das 9h às 16h para serviços de identidade e de habilitação. No Colégio Rui Barbosa, segue no mesmo horário, mas somente para os serviços de identificação civil com a primeira e segunda vias do registro geral (RG), mais conhecido como identidade.

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Além disso, duas vans do órgão circulam pelos abrigos buscando pessoas que precisam dos documentos. Os veículos as transportam para os dois pontos de atendimento. O cadastramento dos moradores que precisam dos novos documentos é realizado em parceria entre o Detran e Secretaria de Assistência Social de Petrópolis.

Já o cadastramento de interessados em receber as linhas de créditos do Programa Reconstruir Petrópolis, é feito no espaço da AgeRio, instituição financeira do governo do estado que estimula o desenvolvimento econômico. 

O programa foi criado por causa da tragédia e é destinado exclusivamente às vítimas. Segundo o governo do estado, a linha de crédito soma R$ 200 milhões para os negócios do município. “Os recursos são para autônomos, informais, microempreendedores individuais e micro e pequenas empresas, que terão taxa de juros zero e carência de até 12 meses”, acrescentou.

Aluguel Social

Também neste fim de semana segue o cadastramento para o Aluguel Social, a ser pago aos que perderam suas casas na enchente. Os pedidos do benefício são recebidos pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos. “Para dar mais celeridade ao processo, o estado flexibilizou uma das regras e os moradores de Petrópolis terão até 60 dias para apresentar o laudo emitido pela Defesa Civil municipal. O documento atesta que há inviabilidade de retorno para residência afetada” explicou, informando que 229 famílias já foram cadastradas.

Edição: Kleber Sampaio

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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