BRASIL
Integrantes do Conselho de Favelas da Cidade tomam posse no Rio
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No Dia Internacional do Líder Comunitário, comemorado hoje (5), a prefeitura do Rio deu posse a 20 integrantes do Conselho de Favelas da Cidade, que vai atuar na elaboração de ações voltadas para inclusão de vozes e ideias representativas em debates públicos.

A expectativa do prefeito Eduardo Paes, com a iniciativa, é que o conselho realize as discussões necessárias e seja provocador das ações da prefeitura, para que as favelas sejam priorizadas.
“É muito importante que os conselheiros olhem para o futuro, para respaldar as ações e práticas de governo nas favelas, exigindo que os serviços municipais funcionem de fato. Precisamos também do compromisso da prefeitura de reservar uma parte significativa do orçamento para políticas públicas em escala, como é, por exemplo, o caso das clínicas da família”, disse o prefeito, que participou da cerimônia no Morro do Adeus, no conjunto de favelas do Alemão, zona norte da cidade.
Os conselheiros poderão sugerir medidas para melhorar a qualidade de vida dos moradores, atuando em conjunto com secretarias municipais, entre elas a de Ação Comunitária.
A secretária de Ação Comunitária, Marli Peçanha, que presidirá o Conselho de Favelas, destacou que a criação do conselho é uma ação inédita no país, e vai ouvir os interesses da população. “É um compromisso da prefeitura com as favelas. É um passo significativo aos interesses de seus moradores. Política pública para comunidades se faz ouvindo a população e não atrás de uma mesa, dentro de um gabinete”, afirmou.
ONGs e associações
Parte dos conselheiros representa organizações da sociedade civil, como associação de moradores, ONGs e conselhos comunitários.
Integram o conselho, Shyrlei Rosendo dos Santos, da Associação Redes Maré; Gabriel Pinheiro de Siqueira Gomes, da Federação das Associações de Favelas; Comunidades e Amigos do Estado do Rio, Amanda da Fonseca Silva, da Associação de Moradores da Asa Branca; Roberta dos Santos Fernandes, da Associação de Moradores do Morro do Alemão; Marcos Valério Alves; Guilherme Vinícius Roberto, do Instituto Cultural Queremos Fazer/Livreteria Popular Juraci Nascimento; Wagner de Freitas Silva, da Associação de Moradores Piquirobi e Adjacências; Andréa de Almeida Mendes, da Associação de Moradores da Vila Vidigal; Ricardo Mendonça da Silva, da Associação de Moradores da Comunidade de Santa Luzia; Ricardo da Silva Souza, da Associação Pensando em Você; Eclesiástico Ferreira de Souza, da Associação de Moradores Jardim Guaratiba e Adjacências.
Pelas secretarias, integrarão o conselho Valéria Hazan (Planejamento Urbano), Nívia Castro da Silva (Assistência Social), Renata Costa de Oliveira (Educação), Simone Ferreira Guimarães (Saúde), Roseny Cintra Rondon (Trabalho e Renda), Cláudia Caputo (Habitação), Alessandra Pereira (Política e Promoção da Mulher), Isabela Sabbatino Pereira (Juventude), Rosane Calife Jubram Dibm (Meio Ambiente) e Jackeline Ferreira do Nascimento (Governo e Integridade).
Recicla Comunidade
Nesta quinta-feira, no Alemão, a secretária de Ação Comunitária, Marli Peçanha, inaugurou a unidade do Recicla Comunidade na Fazendinha, no Alemão, que faz parte do programa Favela com Dignidade. A intenção, com a inauguração do Recicla Comunidade na área, é aquecer a economia local e reforçar a renda de moradores e comerciantes, sem contar que a redução do despejo de material reciclável em canais, rios e lagoas vai beneficiar o meio ambiente.
“Com esse projeto, estamos mostrando que lixo é dinheiro, gerando uma renda extra para a população. Sem contar que estamos estimulando a consciência ambiental. Os resultados mais imediatos do Recicla Comunidade é a melhora da qualidade de vida e de saúde desses territórios”, observou a secretária.
Projeto
Quando o morador leva o lixo reciclável – plástico, vidro, latinhas, papelão, metal ao ponto de coleta – para ser cadastrado, ele recebe um cartão no qual é creditado o valor do material vendido. A moeda social é utilizada no comércio registrado na comunidade, entre eles pequenos mercados, bazares, casas de material, salões de beleza, pensões e padarias. A transação no comércio é feita por meio de smartphones.
Até agora, existem sete pontos de reciclagem em favelas da cidade com mais de 400 moradores inscritos e aptos a usar a moeda social em mais de 100 estabelecimentos comerciais cadastrados.
Edição: Maria Claudia
BRASIL
Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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