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Jovem morre na porta de hospital após espera por maca para gordos
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Um jovem de 25 anos de idade morreu na quinta-feira (5) em frente ao Hospital Geral de Taipas, na zona norte de São Paulo, enquanto aguardava uma maca especial para pessoas obesas. Vitor Augusto Marcos pesava 190 quilos e foi recusado em, pelo menos, mais um hospital.
A mãe do jovem, Andreia Marcos, aparece em um vídeo ao vivo, por volta das 14h, nas redes sociais, em frente ao Hospital Geral Vila Nova Cachoeirinha. Em desespero, ela pede atenção das autoridades para que o filho seja socorrido. O vídeo foi publicado pela esposa de Vitor, Thauany Xavier. Ele trabalhava como autônomo.
“Meu filho vai morrer dentro da ambulância? Eu quero só o direito do meu filho. Uma vaga pra ele lutar pela vida. Tem que virar lei. Todo hospital tem que ter suporte pra obeso”, diz Andreia no vídeo, com 7 minutos, e mostra a ambulância estacionada em uma área do Vila Nova Cachoeirinha.
Na tarde desta sexta-feira (6), Andreia relatou, por telefone à Agência Brasil, que enfrenta dificuldades na condução do velório. “Nenhuma autoridade me procurou. Toda ajuda que recebemos foi de parentes e amigos. Agora o IML [Instituto Médico Legal] disse que precisa de 12 a 15 pessoas para carregar meu filho. Só quero receber meu filho”, apelou.
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde disse que “instaurou uma sindicância para investigar o caso de forma rigorosa”. O órgão destaca que os responsáveis, diante das irregularidades, serão penalizados com as medidas cabíveis.
O texto informa ainda que as duas unidades de saúde citadas dispõem de mobiliário para o atendimento de pacientes com comorbidades, incluindo obesidade.
“A pasta se solidariza com a família, dará todo suporte necessário e segue à disposição para mais informações”, diz a nota.
Edição: Fernando Fraga
Fonte: EBC Geral


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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