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Laudo diz que houve falha no reboque de alegoria que imprensou menina

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Peritos que elaboraram o laudo da reprodução simulada sobre o acidente que provocou a morte da menina Raquel Antunes da Silva, 11 anos, imprensada entre um poste e um carro alegórico da escola de samba Em Cima da Hora, da Série Ouro do carnaval do Rio, chegaram à conclusão de que houve irregularidades na retirada da alegoria do lado de fora do Sambódromo da Sapucaí.

O laudo levou em consideração os exames periciais realizados no local, nos veículos, na filmagem e ainda os relativos à reprodução simulada do acidente. 

De acordo com a perícia, não havia uma pessoa para auxiliar o motorista na saída. “A ausência de auxiliar no setor lateral direito do conjunto para orientar o condutor do caminhão, uma vez que as condições de luminosidade do local não permitiam a visualização através do retrovisor do veículo”, relataram os peritos.

O laudo apontou ainda que não foi correta a ligação do carro ao reboque para a retirada da alegoria. “A realização do acoplamento (reboque) inadequado do carro alegórico, através de correntes e parafusos, em desacordo com o preconizado pelo Código de Trânsito Brasileiro.”

Os peritos concluíram também que entre os fatores que concorreram para o acidente estava a falta de isolamento da área para passagem da alegoria e a circulação indevida de pessoas na rua que é próxima ao Sambódromo.

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“As dimensões do trecho curvilíneo da pista e do carro alegórico estavam muito próximas, somadas ao não isolamento da via, permitindo a circulação desordenada de transeuntes durante o deslocamento do conjunto, bem como ao posicionamento irregular do poste colidido sobre a guia da calçada [em desacordo com a ABNT NBR 15688:2012].”

As investigações da Polícia Civil sobre o acidente ficaram a cargo da delegada da 6ª Delegacia de Polícia (DP), Maria Aparecida Mallet. Três dias após ao acidente, ela revelou que, em depoimentos na delegacia, testemunhas disseram que “perceberam o momento do fato, o acidente, e elas relataram o perigo iminente que estava ocorrendo ali”.

As apurações incluíram no laudo a análise de imagens do momento do acidente, para confrontar com as informações das testemunhas ouvidas. “Vamos contrastar as imagens que obtivemos do momento do acidente com os depoimentos que serão prestados. Isso será de suma importância para balizar exatamente o que aconteceu naquele momento”, afirmou a delegada, na segunda-feira, após o acidente.

Raquel morreu depois de passar por cirurgias no Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro do Rio, onde estava internada. Como o quadro clínico era muito grave, a menina foi transferida para a unidade depois de passar por um atendimento médico em um posto instalado no Sambódromo.

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MPRJ

A morte da menina provocou um pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) para que sejam providenciadas escoltas em todas as alegorias na saída do Sambódromo.

O pedido foi aceito pelo juízo da 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso do Rio, que determinou a obrigação para que todas as escolas da Série Ouro, do Grupo Especial e das escolas de samba mirins impeçam a aproximação indevida de criança ou adolescente às alegorias na saída da área da Apoteose da Passarela do Samba.

Na mesma decisão, a 1ª Vara determinou que a Polícia Militar coloque viaturas e a Guarda Municipal faça o patrulhamento a pé na rua Frei Caneca e em outras vias do entorno do Sambódromo, onde são realizados os deslocamentos das alegorias após os desfiles.

Edição: Maria Claudia

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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