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Leituras dramatizadas homenageiam Stanislaw Ponte Preta
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Com base em textos dos historiadores Claudia Mesquita e Nathaniel Braia e dos jornalistas Duda Porto de Souza e Alvaro Costa e Silva, extraídos do livro Sérgio Porto & Stanislaw Traço e Letra, organizado pela designer Ilana Braia, o Serviço Social do Comércio (Sesc) inicia – no Rio de Janeiro – neste 1º de setembro uma série de leituras dramatizadas em homenagem ao cronista Sergio Porto. A entrada é franqueada ao público e a classificação indicativa é para 12 anos.

O livro sobre Sérgio Marcus Rangel Porto – ou Stanislaw Ponte Preta -, considerado um dos maiores intérpretes da alma carioca, foi selecionado em edital da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro de 2021.
Stanislaw Ponte Preta teria comemorado seu centenário de nascimento em 11 de janeiro deste ano. O evento organizado pelo Sesc, intitulado Sérgio Porto, 100 anos de humor e a alma carioca, foi contemplado no edital Sesc Pulsar. Ele traz uma série de rodas de leitura dramatizadas de trechos de crônicas dos livros Tia Zulmira e Eu, Primo Altamirando e Elas, Garoto Linha Dura e os Febeapás – Festival de Besteiras que assola o país, de autoria do cronista e também escritor, jornalista, compositor e teatrólogo.
Novas gerações
A ideia é apresentar um pouco da obra de Sergio Porto para as novas gerações, disse à Agência Brasil a coordenadora de produção das leituras, Ilana Braia. As rodas de leitura foram idealizadas por Ilana e Mônica Behague, com realização da Le Toon Studio. A direção é de Claudio Mendes, que também atua ao lado de Hugo Germano, Marianna Mac Niven e do músico-ator e diretor musical Ronaldo Mota. Ao final das apresentações, os atores conversarão com o público.
Ilana disse que “Claudio Mendes fez a organização dramatúrgica, a partir do livro que eu organizei”. As apresentações terão início às 15h desta sexta-feira (1º), no teatro do Sesc Niterói. Em seguida, as leituras serão feitas nas unidades do Sesc Quitandinha (dia 9), às 15h; Barra Mansa (14), às 14h; Nova Iguaçu (30), às 15h; Tijuca (5 de outubro), às 15h; Duque de Caxias (7), às 15h; Três Rios (26), às 14h; e Madureira (14), às 16h.
Quem foi o cronista
Sérgio Porto foi um dos mais importantes cronistas brasileiros. Ele revolucionou a linguagem jornalística com seu estilo cheio de humor e irreverente. O Festival de Besteiras que assola o país – Febeapá, criado em 1966, retratava com ironia os acontecimentos dos primeiros anos dos governos militares e consagrou o autor como um ícone do humorismo político nacional.
Outra característica marcante de Sergio Porto, além do humor, era a experiência urbana. Ele conseguiu unir o Rio de Janeiro – partido entre a zona norte e a zona sul – expressando aspectos dos cariocas, com suas alegrias, tristezas, angústias e anseios, imprimindo um olhar atento ao que havia de mais popular – a simplicidade e o humor carioca.
Os personagens da família Ponte Preta idealizados por ele – englobando Tia Zulmira, primo Altamirando e Rosamundo – são ricas criações de um autor que observava e assimilava o modo de viver popular. Em sua memória, um grupo de jornalistas e intelectuais fundou o semanário O Pasquim, em 1969.
Fonte: EBC GERAL
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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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