Search
Close this search box.
CUIABÁ

BRASIL

MAM exibe exposição em realidade aumentada no Parque Ibirapuera

Publicados

BRASIL

Uma embarcação usada por Pedro Álvares Cabral, árvores envoltas a uma enorme rede ou um disco voador pairando sobre as nossas cabeças. Quem for ao Parque Ibirapuera, em São Paulo, a partir de hoje (22), já vai se deparar com essas instalações, que fazem parte da nova exposição em cartaz no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), chamada de Realidades e Simulacros. Mas essa exposição é diferente e inovadora: ela acontece ao ar livre, mas só poderá ser vista por meio da lente do celular.

A exposição, em realidade aumentada, vai funcionar como a conhecida brincadeira de caçar Pokémons com o celular. Um QRCode foi instalado em um totem ao lado do MAM. Basta mirar o celular para esse QRCode que logo em seguida aparecerá uma tela com um mapa do parque, indicando, em amarelo, onde estão instaladas as noves obras que fazem parte da exposição. Aí basta percorrer o parque e mirar a tela do celular para o lugar indicado no mapa para começarem a surgir figuras ou sons que vão brincar com o público.

“A exposição é gratuita. Você chega perto do mapa ou das placas que foram instaladas em cada uma das obras e usa o QRCode. Não é preciso baixar nenhum aplicativo no celular. Só precisa estar conectado na internet. E é preciso permitir que a plataforma use a sua câmera, que ela use o GPS para te localizar e use a bússola. Exige uma permissão para que a plataforma possa funcionar”, explicou Cauê Alves, curador-chefe do MAM. “Quando você se aproxima de uma obra, no mapa, a plataforma [que aparece no celular] vai ficar amarela e aí é só clicar na lente para abrir a obra”, acrescentou.

Leia Também:  Pesquisadora brasileira vai presidir sociedade internacional de aids

Entre as figuras que vão surgir na tela do celular está o disco voador, obra chamada Rasante e que foi criada pela artista Regina Silveira. A obra foi instalada no entorno do museu, no Jardim de Esculturas. “A minha obra é um UFO (sigla em inglês para objeto voador não-identificado ou OVNI), um disco voador. É a terceira vez em que faço um disco voador como uma alegoria. E, dessa vez, preparei uma animação sonora para ser vista como uma aparição, um enxerto no real. Achei que a melhor coisa que eu poderia colocar é essa escapada imaginária, no estilo dos anos 50, daqueles discos voadores que sempre imaginamos em muitas ficções”, disse ela, em entrevista à Agência Brasil.

A embarcação usada por Pedro Álvares Cabral na invasão à América em 1500 pode ser vista no Lago do Ibirapuera, próximo à fonte. Com seu Monumento à Colonização, o artista Daniel Lima propõe um monumento inverso, que aponta para o modo como esse tipo de celebração revela nossa mentalidade colonizada é incapaz de projetar um futuro emancipado para o país.

As demais obras estão espalhadas por outros espaços do parque, como a Oca, a ponte, o Planetário e o prédio da Bienal. “A ideia de fazer a exposição do lado de fora tem vários aspectos. Tem um lado da democratização. É uma exposição gratuita, então isso a torna muito acessível ao público. Tem também uma dimensão lúdica, de poder se relacionar com o parque [Ibirapuera] através do celular. E também tem essa possibilidade de explorar a tecnologia, em uma relação com a paisagem e com a arquitetura do parque. Acho isso importante, de sobrepor elementos virtuais a esse ambiente do Ibirapuera, que é uma local conhecido e em que as pessoas frequentam. A exposição vai reinventar esse ambiente”, disse Marcus Bastos, um dos curadores da exposição, em entrevista hoje (22) à Agência Brasil.

Leia Também:  Carnaval de rua de São Paulo terá drones e revista de foliões

Realidades e Simulacros

Realidades e Simulacros é a maior exposição deste ano do MAM, que está completando 75 anos de existência. “Esse é um momento muito importante para o MAM porque estamos comemorando 75 anos e, além disso, o Jardim de Esculturas do museu está fazendo 30 anos. Então, a ideia [com essa mostra] era ampliar essas esculturas, de modo a furar a bolha, a atingir pessoas que normalmente não viriam em uma exposição tradicional. Estamos ocupando o Parque Ibirapuera inteiro”, disse Alves.

O nome da exposição se deve ao fato do “digital hoje criar novas realidades”, explicou Bastos. “Quando você tem um objeto digital ele é concreto, ele faz parte da nossa realidade. O celular mudou a maneira como a realidade funciona”, explicou.

“A gente acreditava, no senso comum, que o simulacro era a falsidade e que a realidade era a verdade. E estamos mostrando, com essa experiência de realidade aumentada, que o simulacro e a realidade são complementares. Não é um ou outro, mas um e outro. Então, essa é uma experiência que é presencial, física e corporal, mas que só se dá na tela do celular. Ela é uma ficção, mas que se firma como parte da realidade”, acrescentou Alves.

A ideia é que a exposição, que fica em cartaz até o dia 17 de dezembro, possa ir incluindo outras obras. “Vamos ter aperfeiçoamentos. Outras obras deverão entrar, aos poucos”, falou Alves.

Mais informações sobre a exposição podem ser encontradas no site do MAM.

Fonte: EBC GERAL

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

BRASIL

Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

Publicados

em

A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

Leia Também:  Carnaval de rua de São Paulo terá drones e revista de foliões

“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

Leia Também:  Pesquisadora brasileira vai presidir sociedade internacional de aids

Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA