BRASIL
Marinha faz treinamento de capacidades para operações de paz da ONU
BRASIL
A Marinha do Brasil realiza, nesta semana entre os dias 17 e 21, treinamento de operações de paz, com ênfase nas novas capacidades que vêm sendo demandadas pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Nesta quarta-feira (19), no Complexo Naval da Ilha do Governador, na zona norte do Rio de Janeiro, ocorreu treinamento aberto ao público, que pôde acompanhar as atividades da Força de Reação Rápida e da Unidade de Desativação de Artefatos Explosivos.
O cenário utilizado para o treinamento da Força de Reação Rápida teve como base a evolução da situação atual no Haiti, que enfrenta uma catástrofe humanitária, segundo a ONU. Foram realizadas atividades com o desembarque dos militares a partir de veículos anfíbios, identificação e desativação de artefato explosivo e evacuação de civis. No treinamento, foram empregados carros lagarta anfíbios, viaturas anfíbias do tipo Piranha, veículo de operação remota e canhão disruptor.
O comandante da Força de Fuzileiros da Esquadra, vice-almirante Carlos Chagas, destacou que o treinamento é de enorme importância para a Marinha, em especial para os fuzileiros navais, que é a força estratégica de pronto emprego. “Umas das tarefas é participar das operações de paz. Para isso, temos que estar preparados para as demandas que o cenário nos apresenta. Nos cabe, como força de pronto emprego, estarmos sempre prontos para quando o país necessitar”.
A Força de Reação Rápida recebeu a certificação nível 3 da ONU em abril deste ano para atuação no Sistema de Prontidão de Capacidades de Manutenção da Paz, que organiza as chamadas missões de paz. Essa é a certificação máxima das Nações Unidas e, no momento, o grupamento brasileiro é o único disponível no mundo com esse nível para acionamento em caso de necessidade.
Já a Unidade de Desativação de Artefatos Explosivos foi aprovada pela ONU, no início deste mês, como nível 1, também sendo a primeira do Brasil a ter tal capacidade específica.
As últimas participações do Brasil no envio de tropas foram a Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah), de maio de 2004 a outubro de 2017, com 36 mil militares, e a Força-Tarefa Marítima da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil), de janeiro de 2011 a dezembro de 2020, com 4 mil participantes.
Edição: Maria Claudia
Fonte: EBC Geral
BRASIL
Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
-
MATO GROSSO6 dias atrásEm júri popular, movimentos sociais condenam empresas por danos à Amazônia e seus povos
-
MATO GROSSO6 dias atrásCONCEEL-EMT participa de evento que discute o futuro da energia no Brasil
-
MATO GROSSO6 dias atrásCampeonato de kickboxing 100% profissional reúne 14 lutas e disputa de cinturão no Palácio das Artes Marciais
-
MATO GROSSO6 dias atrásAssembleia Legislativa homenageia Intermat pelos 50 anos e SINTAP-MT destaca legado dos servidores na construção fundiária do Estado
-
ARTIGOS6 dias atrásNova técnica de biópsia de próstata oferece mais segurança e precisão