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Memorial da Resistência abre exposição sobre cidadania negra
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O Memorial da Resistência, na capital paulista, inaugura hoje (4) a exposição Memórias do Futuro: Cidadania Negra, Antirracismo e Resistência. A mostra, com entrada gratuita, aborda as lutas por direitos lideradas pela população negra no estado de São Paulo desde 1888.
Com curadoria do sociólogo e escritor Mário Augusto Medeiros da Silva e apoio das pesquisadoras Pâmela de Almeida Resende e Carolina Junqueira Faustini, a exposição é composta por cerca de 450 materiais como fotos, cartazes e documentos, além da participação de artistas como Bruno Baptistelli, Geraldo Filme, e João Pinheiro.
Entre os temas apresentados estão a imprensa e literatura negra, as expressões artísticas retratadas nos grupos e nas escolas de samba, teatro folclórico, bailes blacks e hip hop, o período da ditadura, as perseguições às práticas religiosas de matrizes africanas e afro-brasileiras, a redemocratização e o feminismo negro.
A mostra ficará em cartaz no Memorial da Resistência de São Paulo até 8 de maio de 2023.
A exposição foi criada em colaboração com a Coalização Negra por Direitos, a revista O Menelick 2º Ato, a Capulanas Cia de Arte Negra e o Ilú Obá de Min, Arquivo Edgar Leuenroth (AEL) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o Arquivo Público do Estado de São Paulo, o Museu da Imagem e do Som, a Pinacoteca do Estado e o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do estado de São Paulo (Condephaat).
O Memorial da Resistência fica no Largo General Osório, 66 – Santa Ifigênia, região central de São Paulo. A exposição funciona todos os dias, das 10h às 18h, exceto às terças-feiras.
Edição: Lílian Beraldo


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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