BRASIL
Menina baleada no Rio: PM disponibiliza imagens de câmeras corporais
BRASIL
Imagens das câmeras corporais utilizadas por policiais militares no último sábado (12), quando a menina Eloah Passos, de 5 anos, foi morta ao ser atingida por uma bala, dentro de casa, serão analisadas pela Polícia Civil. A Secretaria de Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro confirmou a disponibilização das imagens, mas, questionada pela Agência Brasil, não informou de quantas câmeras se tratam.
Eloah foi atingida enquanto brincava dentro do quarto, no Morro do Dendê, na Ilha do Governador, zona norte do Rio de Janeiro. O corpo da menina foi liberado pelo Instituto Médico Legal no domingo (13), e o enterro foi marcado para esta segunda-feira (14).
A Secretaria de Polícia Civil informou que a investigação está em andamento na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). “Os policiais militares que participaram da ação foram ouvidos, e as armas apreendidas para exame de perícia. Diligências estão sendo realizadas em busca de testemunhas e outras informações para esclarecer os fatos.”
A PM diz que, além de colaborar com a investigação da Polícia Civil, foi instaurado um procedimento pela corregedoria da corporação.
A morte de Eloah aconteceu poucas horas depois de Wendel Eduardo, de 17 anos, ter sido baleado e morto em ação do 17º Batalhão de Polícia Militar (BPM), da Ilha do Governador.
Versão da PM
A PM afirmou que durante patrulhamento na manhã do sábado, dois homens em uma motocicleta chamaram a atenção das equipes, e que o homem na garupa estava com uma pistola na cintura. Agentes relataram que após tentativa de abordagem, o jovem atirou contra os policiais, momento em que houve revide .
Ainda de acordo com a PM, minutos depois, enquanto reforçavam o patrulhamento no entorno do Morro do Dendê, policiais do 17º BPM foram alvos de tiros disparados do interior da comunidade. Na sequência, manifestantes fecharam as ruas próximas e começaram a atirar pedras contra os carros e as equipes policiais. “Enquanto as equipes trabalhavam para liberar o trânsito na região, o comando do batalhão foi informado sobre uma criança baleada no interior da comunidade, sendo socorrida por familiares. Segundo informações colhidas por testemunhas, a vítima teria sido atingida no interior de sua residência. Ressaltamos que não havia operação policial no interior da comunidade”, informou a PM.
O comandante do 17° BPM, tenente-coronel Fábio Batista Cardoso, foi afastado da administração da unidade. Segundo a PM, a decisão foi tomada para “dar maior lisura e transparência à averiguação dos fatos”.
Lula: “Que bala perdida é essa?
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou a morte da menina Eloah Passos. “Que bala perdida é essa? Alguém atirou para aquele lado, essa bala não se perdeu. Essa bala foi atirada para aquele lado para atingir alguém e pegou uma criança de cinco anos de idade. Onde é que a gente vai parar com esse tipo de comportamento, de violência? E muitas vezes é a própria polícia que atira”, afirmou Lula, nesta segunda-feira (14), durante o programa semanal Conversa com o Presidente, transmitido pelo Canal Gov.
Outro caso
No último dia 7, Thiago Menezes Flausino, de 13 anos, morreu ao ser baleado na Cidade de Deus, comunidade da zona oeste do Rio de Janeiro, durante uma operação da PM. Quatro agentes do Batalhão de Choque foram afastados provisoriamente. Na ocasião, os PMs não usavam câmeras no uniforme.
Segundo o Instituto Fogo Cruzado, só este ano, 12 crianças foram atingidas por bala perdida na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Seis morreram.
Uma decisão do Supremo Tribunal Federal obriga que o governo do Rio de Janeiro mantenha câmeras e equipamentos de geolocalização nos uniformes dos policiais. Além da instalação dos equipamentos, a decisão determina que as imagens captadas sejam armazenadas e compartilhadas com o Ministério Público, a Defensoria Pública e vítimas de violência policial quando solicitadas..
Fonte: EBC GERAL


BRASIL
Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
-
MATO GROSSO6 dias atrás
Autoconhecimento e escolhas conscientes marcam encontro do “Mulheres Incríveis” em Cuiabá
-
MATO GROSSO6 dias atrás
Petra é a cerveja oficial no show da turnê “Jorge & Mateus 20 Anos” em Cuiabá
-
MATO GROSSO5 dias atrás
Mais de 129 mil empreendedores do estado têm mais de 45 anos, aponta pesquisa do Sebrae/MT
-
MATO GROSSO4 dias atrás
Colégio Unicus é premiado como destaque nacional em educação bilíngue no School Innovation Program
-
MATO GROSSO1 dia atrás
Rodrigo Bressane oficializa candidatura a desembargador pelo Quinto Constitucional na OAB-MT
-
MATO GROSSO1 dia atrás
AACCMT abre inscrições para voluntários do McDia Feliz 2025