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Metroviários de Belo Horizonte fazem greve contra privatização da CBTM

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Moradores da região metropolitana de Belo Horizonte (MG) que precisam utilizar o metrô nas primeiras horas da manhã se depararam  hoje (21) com as 19 estações da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) fechadas.

A interrupção dos serviços faz parte da mobilização dos metroviários que, no último dia 15, em assembleia, aprovaram paralisar suas atividades parcialmente a partir da 0h de hoje. Além de se opor à proposta do governo federal de privatizar as operações mineiras da CBTU, a categoria se queixa da falta de respostas da companhia nas atuais negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

Segundo a CBTU, as 19 estações existentes em Belo Horizonte e Contagem permaneceram fechadas entre 5h30 e 10 horas, quando o sistema voltou a operar. A companhia estimou que cerca de 37 mil pessoas que costumam usar o metrô neste horário deixaram de ser transportadas.

De acordo com o Sindicato dos Metroviários (SindiMetro), pelo tempo que durar a paralisação, os trens funcionarão apenas das 10 horas às 17 horas, em escala reduzida, com o mínimo de trabalhadores necessários à manutenção dos serviços essenciais.

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“Basta o governo negociar que estaremos dispostos a cumprir escala integral”, disse o sindicato, em nota. “Decidimos entrar em greve como último recurso para defender nosso ganha-pão e o direito das pessoas de ir e vir”, acrescentou a organização, afirmando que a concessão de serviços públicos à iniciativa privada tem prejudicado a população e os servidores públicos.

“A categoria vê seus direitos reduzidos e seus salários corroídos. A população de Belo Horizonte começou a pagar uma passagem de metrô muito cara. Não porque o metrô é estatal, mas sim, porque querem privatizá-lo e fazer dele um negócio lucrativo.”

Em nota, a CBTU ressalta que a decisão dos metroviários quanto à manutenção de uma escala mínima de funcionários trabalhando das 10h às 17h contraria decisão liminar do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que determinou que o SindiMetro garanta a presença do mínimo de trabalhadores necessários para a manutenção dos serviços, entre as 5h30 e 10h, e das 16h30 às 20h, sob risco de ser multado em R$ 30 mil por dia.

De acordo com a CBTU, em dias úteis, aproximadamente 35 mil passageiros costumam usar o metrô entre 17h e 23h, quando normalmente são encerradas suas operações diárias. Desta forma, segundo a estatal, a interrupção das atividades entre 5h30 e 10h e das 17h às 23h prejudicará aproximadamente 72 mil dos 100 mil usuários/dia do sistema.

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Edição: Maria Claudia

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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