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Morador em situação de rua morre em centro de convivência em São Paulo
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Um morador em situação de rua morreu na manhã de hoje (18) enquanto aguardava o café da manhã no Núcleo de Convivência São Martinho, no bairro do Belém, na zona leste da capital paulista.
Segundo a prefeitura de São Paulo, a pessoa em situação de rua, identificada como Isaias de Faria, de 66 anos, passou mal logo depois de entrar no centro de convivência, espaço conveniado com a prefeitura de São Paulo, mas administrado pelo Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto e que serve refeições. Profissionais da área de saúde tentaram reanimá-lo, mas não tiveram sucesso.
O caso aconteceu por volta das 7h da manhã, no dia em que a capital registrou a mais baixa temperatura para um mês de maio dos últimos 18 anos, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE).
Durante a madrugada, a média da temperatura mínima foi de 7 graus Celsius (°C) , mas os fortes ventos e rajadas fizeram a sensação térmica ser abaixo de 0°C, o que intensificou a sensação de frio.
Informações são de que Isaias de Faria teria passado a madrugada na rua e só seguiu para o Núcleo de Convivência para tomar o café da manhã.
A prefeitura informou que ele já tinha passado pelo local em outra ocasião, mas que não havia registro de passagem dele pela rede de acolhimento socioassistencial. Um boletim de ocorrência foi registrado no 8° Distrito Policial, no Brás.
Acolhimento
Nesta madrugada, segundo a administração municipal, 293 pessoas foram encaminhadas para os serviços de acolhimento, mas 54 não aceitaram o serviço de acolhida. A população de rua na cidade de São Paulo é estimada em mais de 31 mil pessoas.
O governo municipal informa que sua rede de acolhimento conta com 15.116 vagas para pernoite e de 2.138 em hotéis e que está criando mais 2 mil vagas para abrigar essas pessoas nas noites mais frias.
Para hoje, a expectativa do CGE é de que as temperaturas voltem a ser muito baixas e batam recordes: a máxima não deve passar dos 14°C. Em alerta divulgado hoje, a Defesa Civil informou que o alerta para baixas temperaturas vale até sábado (21).
Baixas Temperaturas
Por causa do frio intenso dessa semana, a Estação Pedro II do Metrô de São Paulo, na região central da capital paulista, estará aberta para abrigar pessoas em situação de rua durante a noite. A medida vai ocorrer até a próxima sexta-feira (20).
O serviço de acolhimento tem capacidade para atender até 100 pessoas, entre as 19h e 8h. É oferecido ainda jantar, por uma unidade móvel do Bom Prato, e café da manhã, na unidade do serviço na Rua 25 de Março.
A Catedral da Sé também vai abrir suas portas para receber pessoas que vivam nas ruas. A iniciativa é da Pastoral do Povo de Rua. O local foi preparado com 20 leitos.
A prefeitura deu início, nessa semana, à Operação Baixas Temperaturas. Por meio dela, equipes vão ser ampliadas para trabalhar no atendimento e acolhimento da população em situação de rua.
A prefeitura informa ainda que ampliou as vagas que são oferecidas na rede socioassistencial. Também serão disponibilizado cobertores, sopas e bebidas quentes.
Edição: Denise Griesinger


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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