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Mortes no RJ indicam necessidade de mudança em políticas de segurança
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Os assassinatos de três médicos em um quiosque na orla da Barra da Tijuca mostram mais um episódio de violência no Rio de Janeiro com envolvimento do crime organizado.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga a hipótese de que os ortopedistas tenham sido mortos por engano. Os suspeitos dos assassinatos seriam integrantes de um grupo criminoso que controla negócios ilícitos em comunidades da zona oeste do Rio.
Para Silvia Ramos, especialista e coordenadora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Candido Mendes, o caso traz à tona a necessidade urgente de mudanças nos rumos das políticas de segurança pública, que, segundo a especialista, devem ser focadas em ações de inteligência e investigação para desarticulação das quadrilhas.
“O que a gente resolve é desarticulando essas quadrilhas, pegando os de cima. E isso só a polícia pode fazer”, afirmou em entrevista ao programa Viva Maria, da Rádio Nacional. “A questão é pacificar, retirar as armas e fazer investigação, impedindo ingresso dessas armas, de pistolas e fuzis dentro das comunidades, impedindo que a polícia use fuzis e pistolas ao léu, à vontade, atirando a esmo dentro das favelas, das periferias, dos bairros pobres”, acrescentou.
Silvia Ramos defende ainda o investimento em programas de prevenção para evitar que jovens sejam cooptados pelo tráfico de drogas e as milícias, se tornando apenas peças de reprodução “quando são mortos em um dia e são postos outros no lugar”.
A especialista chamou atenção para a forma como os criminosos agiram na execução dos médicos, saindo de seus territórios para cometer os assassinatos.
“Grupos armados saírem dos seus territórios e irem executar pessoas em áreas urbanizadas em uma situação surpreendente, com câmeras gravando, um monte de testemunhas. Parando um carro na avenida mais rica do Rio de Janeiro, na Barra da Tijuca, e executando todo mundo. O mais surpreendente é que os próprios criminosos resolveram esse crime, eles mesmos identificaram e executaram os criminosos”, disse.
A polícia acredita que o engano e a grande repercussão do crime desagradaram lideranças do Comando Vermelho, facção à qual o grupo criminoso – suspeito de matar os médicos – estaria vinculado. As lideranças da facção teriam ordenado a morte dos assassinos dos ortopedistas.
A hipótese foi levantada depois que a Polícia Civil encontrou, na madrugada de sexta-feira (6), os corpos de quatro pessoas em dois carros. Dois dos mortos foram identificados como suspeitos de envolvimento nos assassinatos dos médicos. Outros dois ainda não foram identificados.
Crime organizado
O Ministério da Justiça e Segurança Pública anunciou no início da semana uma série de medidas de combate às organizações criminosas. As ações fazem parte do Programa Nacional de Enfrentamento às Organizações Criminosas (Enfoc), um desdobramento do Programa de Ação na Segurança (PAS), instituído em julho deste ano.
Dividido em cinco eixos, o Enfoc prevê ações de fortalecimento da integração entre os órgãos federais e estaduais de segurança pública; bem como para melhorar a eficiência dos órgãos policiais.
Fonte: EBC GERAL


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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