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Mulheres indígenas participam de eventos culturais em Nova York
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O Instituto Por Elas, organização dedicada à defesa dos direitos de meninas e mulheres e à promoção da igualdade de gênero em Minas Gerais e na Bahia, leva a Nova York, nos Estados Unidos, seu primeiro projeto itinerante, o Yacy Por Elas. Pela primeira vez, mulheres de povos indígenas de cinco estados brasileiros (Minas Gerais. Bahia, Pernambuco, Acre e Mato Grosso), artistas, participarão de uma série de eventos na cidade, no período de 13 a 26 de setembro.
A programação inclui apresentações culturais e artísticas na Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos. No dia 16 de setembro, a professora, artista e cineasta indígena Sueli Maxakali, do povo Tikmũ’ũn, da região mineira de Ladainha, vai grafitar ao vivo um mural na capital do estado de Nova Yok. O local está sendo escolhido pela parceira do Instituto Por Elas naquele país, o Angelica Walker Projects. No dia 24, as artistas indígenas abrirão exposição na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), que se estenderá até 4 de outubro, com apoio da Missão Permanente do Brasil na ONU.
Rizzia destacou que a exposição apresentará a rica cultura e as tradições dos povos indígenas do Brasil, destacando sua relação com o meio ambiente e as soluções propostas pelas comunidades em relação às questões ambientais. As artistas e ativistas terão a oportunidade de expor a realidade das comunidades indígenas no Brasil e buscar parcerias para projetos em seus territórios.
“Nós escolhemos cinco mulheres de cinco estados brasileiros para levar o artesanato e as artes indígenas. Nós tivemos a preocupação de ter diversidade. Teremos a primeira cacica trans no grupo”, disse à Agência Brasil a criadora do Instituto Por Elas, Rizzia Fróes. O projeto tem o apoio do Consulado Geral do Brasil em Nova York.
Rodando o mundo
“Queremos que todas elas tenham a voz ampliada lá. Vamos fazer rodas de conversas, exposição, palestras”. A ideia é disseminar a cultura do povo indígena brasileiro no exterior, começando por Nova York. Até o fim de 2024, Rizzia quer que o projeto Yacy Por Elas rode o mundo. “Eu quero que, até o fim de 2024, mais de 40 lideranças femininas indígenas levem a nossa cultura para o mundo inteiro”. O objetivo do projeto Yacy Por Elas é celebrar e promover a riqueza cultural dos povos indígenas do Brasil, por meio das mulheres, bem como ampliar o diálogo em torno das questões climáticas e da sustentabilidade, enfatizando a importância dos conhecimentos tradicionais, da preservação ambiental e, principalmente, da economia criativa.
Além das apresentações culturais, o projeto inclui uma participação significativa durante a Semana do Clima em Nova York, quando as artistas indígenas participarão de debates e mesas-redondas com especialistas, autoridades e líderes de opinião, ressaltando o papel fundamental das comunidades na conservação da natureza e na luta contra as mudanças climáticas. O objetivo do Yacy Por Elas é elevar a representatividade e a voz dos povos indígenas brasileiros, além de sensibilizar líderes globais e a sociedade internacional para a importância de proteger e preservar a Amazônia e outras áreas vulneráveis no país. Rizzia pretende também aproveitar a visita das indígenas, em setembro, para abrir uma sede do Instituto Por Elas em Nova York.
Por Elas
Criado há dois anos por Rizzia Fróes, o Instituto Por Elas se dedica à defesa dos direitos de meninas e mulheres e à promoção da educação, do empreendedorismo e da igualdade de gênero. Para a empreendedora, “não adianta nada você ter visibilidade hoje em dia e não mudar isso. Ou falar que lindas as mulheres indígenas, e não fazer nada. É preciso sair da falação e partir para a ação. A gente quer abrir o caminho para elas”. Uma das ações já realizadas pelo instituto foi a primeira feira de emprego voltada para migrantes e refugiadas venezuelanas em Minas Gerais. “Foram mais de 300 mulheres aqui que já saíram com o primeiro emprego”.
Rizzia lembrou que foi também por meio de um projeto social, promovido pela Associação Cristã de Moços (ACM), que ela teve a oportunidade de viajar para os Estados Unidos, onde morou por 15 anos e se casou com um americano. “Fui fazer um programa de trainee (treinamento) Por isso, eu sei que quando você tem um projeto social bem estruturado, ele pode mudar vidas. Eu sou um exemplo disso. Eu quero, realmente, dar a outras meninas a oportunidade que tive”
Fonte: EBC GERAL


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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