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Nasce, em Alagoas, o 1º filhote de peixe-boi em recinto de aclimatação
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Na madrugada da última terça-feira (26), um acontecimento histórico movimentou o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos (CMA), na Área de Proteção Ambiental da Costa dos Corais, localizada em Alagoas e vinculada ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio). É que foi lá que nasceu o primeiro filhote de peixe-boi fora do seu habitat natural do Brasil e, de acordo com o ICMbio, do mundo.
Trata-se da pequena Flori, um bebê peixe-boi que nasceu medindo 95 cm e pesando 12 kg. “É um animal abaixo do tamanho médio de um filhote de peixe-boi marinho e, por isso, estamos observando com bastante cuidado o comportamento delas. A mãe também é de primeira viagem, então, estamos revezando equipes 24 horas para o monitoramento”, disse a veterinária Alexandra Costa.
Segundo ela, o vínculo entre mãe e filha agora é muito forte, e ambas estão isoladas em um recinto, afastadas de outros animais. “Estamos tentando interagir o mínimo possível”, revelou.
A gestação foi monitorada pela equipe do Projeto Peixe-Boi e tem a parceria de pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Para a chefe da APA Costa dos Corais, Roberta Carvalho, o nascimento acende uma esperança de repovoamento da espécie ameaçada de extinção. “Significa esperança para o equilíbrio ecológico e o desejo de que um dia os seres humanos compreendam o quanto ela é importante para o meio ambiente e para vida de muitas pessoas, colaborando até mesmo com o desenvolvimento econômico da região”, comentou.
Flori nasceu em um “recinto de aclimatação”, que simula seu habitat natural diferentemente das piscinas de cativeiro comuns. Sua mãe, Paty, foi resgatada em 2014, no litoral norte de Alagoas. O pai, Raimundo, já foi solto em novembro do ano passado. Paty foi mantida para o acompanhamento da gravidez.
Assista na TV Brasil
Edição: Kleber Sampaio


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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