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No Rio, BraJazz Fest reúne músicos de diferentes regiões do país

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O Rio de Janeiro recebe a segunda edição do BraJazz Fest entre os dias 7 e 10 deste mês, no Teatro XP, no Jockey Club, zona sul da cidade do Rio de Janeiro. O objetivo é apresentar gratuitamente ao público a potência e a alta qualidade do jazz nacional. A cada dia, diferentes facetas da música instrumental nacional vão se encontrar no palco.

Serão recebidos músicos do Rio Grande do Sul ao Pará, prestigiando diversas regiões do Brasil, em shows às 19h e às 21h. São 366 lugares no teatro. Serão distribuídas senhas 30 minutos antes de cada apresentação. A capacidade de público é limitada. De acordo com os organizadores, serão duas atrações musicais por dia, com transmissão ao vivo no canal do Youtube

O festival foi idealizado e é realizado por Renato Byington, da D+3 Produções, que assina eventos já consagrados, como o Vibra Open Air, que completa 20 anos em 2022 e acaba de encerrar uma temporada de sucesso em São Paulo. O curador do BraJazz Fest, Bernardo Pauleira, músico, produtor e gerente de Artistas e Repertório (A&R) na Warner Music Group, com mais de 20 anos de carreira, elegeu um tema por dia como fio condutor das apresentações, durante a programação que invadirá o Jockey Club Brasileiro, no Teatro XP.

Abrindo o leque

À Agência Brasil, Bernardo Pauleira disse que a intenção “foi abrir o leque, ampliar, dar mais possibilidades para diferentes tipos de jazz, formatos de grupos, formações diferentes. No primeiro dia, a intenção foi trabalhar com o micro e o macro em volta do piano”, 

As atrações da abertura do evento, no dia 7, são o PianOrquestra e a Orquestra Atlântica, que trazem propostas diferentes a partir de uma mesma matriz, que é o piano. Os cinco músicos da PianOrquestra exploram o instrumento de diversas formas, simultaneamente, possibilitando uma musicalidade incomum. Já a Orquestra Atlântica reúne 11 renomados instrumentistas em uma ‘big band’ de alto padrão artístico, com um naipe de metal completo em volta do piano, em um formato mais clássico e com repertório bem brasileiro.

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O segundo dia do festival segue na esteira da brasilidade, com repertório do jazz ao choro. O multi-instrumentista Dirceu Leite, ao lado de seu quarteto, traz um repertório de choro mais tradicional, enquanto Maira Freitas, filha do compositor Martinho da Vila, apresenta o quinteto Jazz das Minas, grupo formado apenas por mulheres, “muito potente e poderoso”, segundo Bernardo Pauleira. O Jazz das Minas promete sacudir as estruturas do teatro, com uma roda de afro-samba-jazz de primeira qualidade.

Groove

No sábado (9), o evento é dedicado ao contrabaixo. O groove (padrão rítmico curto) do baixo vai comandar o palco com sotaques diferentes, envolvendo baixistas das regiões Sul e Norte.

Guto Wirtti, do Rio Grande do Sul, abre a noite, com uma formação de quarteto. Wirtti é um dos instrumentistas mais requisitados da música brasileira e já atuou com nomes como Yamandu Costa, Hamilton de Holanda e João Bosco. Em seguida, Ney Conceição, natural de Belém do Pará, leva ao palco os anos de experiência que acumulou ao tocar com nomes como João Nogueira, Moraes Moreira, Zé Keti, Paulinho Trumpete e tantos outros, sem deixar o groove sair do tom. “Eles abrem o leque de referências dentro do Brasil, saindo do eixo Rio de Janeiro/São Paulo, mas com as referências de suas raízes que cada um traz na bagagem”, comentou o curador.

O último dia do festival terá uma festa de encerramento, com um encontro de medalhões do jazz nacional. O gaitista Mauricio Einhorn vai abrilhantar o Jockey Club, no auge dos seus 90 anos, ao lado de Ricardo Silveira e Jefferson Lescowich, nomes consagrados da cena jazz nacional. Por fim, uma jam session impecável vai trazer o ritmo necessário para fechar a segunda edição do BraJazz com chave de ouro, reunindo apresentações de Claudio Dauelsberg, que comemora 35 anos de carreira, ao lado de Ney Conceição (baixo), Erivelton Silva (bateria) e convidados especiais, entre os quais Robertinho Silva, Nivaldo Ornelas, Edgar Duvivier, Torcuato Mariano, Jessé Sadoc, Bigorna e José Staneck.

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“A ideia, realmente, foi não fechar em nenhuma panela e ampliar o máximo que podemos, regionalmente, em termos de cronologia, com artistas de todas as idades, de todas as regiões, e com foco em todos os instrumentos. Acho que a gente foi bastante feliz nessa seleção”, afirmou Bernardo Pauleira.

Renato Byington completou que a ideia nasceu a partir do desejo de apresentar as várias facetas da música brasileira. Para ele, o BraJazz “é um convite para o público se entregar ao reencontro com alguns dos melhores músicos brasileiros, curtir a música na sua excelência, em um ambiente leve e descontraído. Acho importante que, neste momento, a gente possa proporcionar espetáculos de alta qualidade cultural, em um clima leve e despretensioso.”

Palestras

Palestras sobre o cenário do jazz atual também farão parte da programação diária, a partir das 17h30, abrangendo vários temas. No primeiro dia, Claudio Dauelsberg abordará as diversas possibilidades do piano. No dia 8, o público poderá repensar o papel das mulheres instrumentistas com Maira Freitas e Mônica Avila. Em seguida, no dia 9, Dirceu Leite vai tratar da iniciação musical através de nossas raízes musicais, fazendo um passeio pela música nacional. Por fim, Robertinho Silva fecha o festival, falando sobre a diversidade rítmica brasileira.

As palestras estão alinhadas com os números musicais. Ou seja, o espectador é convidado a refletir mais profundamente sobre um assunto e aproveitar a riqueza da música instrumental brasileira. O BraJazz Fest nasceu como um festival intimista e, na segunda edição, pretende manter o clima contemplativo e sensível da estreia, em 2019, que ocorreu na Marina da Glória, no Aterro do Flamengo, zona sul da cidade.

Nos anos 2020 e 2021 não houve o festival, devido à pandemia de covid-19. “Agora, a gente está podendo voltar, juntar o público e artistas no formato presencial, ao vivo, no palco, com uma qualidade técnica de primeiro mundo. Vamos levar o clima de clube de jazz para o Jockey Club”, disse Bernardo Pauleira. 

Edição: Maria Claudia

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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