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No Rio, Cidade Integrada promove 4 mil atendimentos gratuitos

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No primeiro dia de ações sociais promovidas ontem (29) pelo programa Cidade Integrada, do governo fluminense, nas comunidades do Jacarezinho, zona norte do Rio de Janeiro, e da Muzema, zona oeste, foram realizados 4.005 atendimentos gratuitos aos moradores pelas secretarias e órgãos estaduais.

O Cidade Integrada foi lançado no último dia 22 pelo governador Cláudio Castro, no Palácio Guanabara, sede do governo estadual. Ele visa a retomada de territórios, com objetivo de levar desenvolvimento social, econômico, infraestrutura e segurança para a população que vive nas comunidades do Rio de Janeiro.

O Jacarezinho e a Muzema foram escolhidos em função do avanço do tráfico de drogas e da milícia, respectivamente, nos dois locais. Castro anunciou, na ocasião, que somente depois que o programa estiver plenamente em funcionamento nas duas comunidades é que o governo do estado vai estendê-lo a outras comunidades. O programa prevê investimentos superiores a R$ 500 milhões.

Gratuidade

Os moradores tiveram acesso gratuito a serviços como emissão de documentos, inscrições em vagas de emprego, saúde bucal, corte de cabelo e, inclusive, o primeiro passo para a formalização de casamento.

No Jacarezinho, foram 2.615 atendimentos ao longo do dia, na quadra da escola de samba Unidos do Jacarezinho. Em visita ao local na tarde de ontem, o governador anunciou a chegada de mais serviços à região nos próximos dias. O Departamento Estadual de Trânsito (Detran) vai manter um posto de Identificação Civil e de Habilitação instalado provisoriamente em um contêiner na quadra.

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José Geraldo Ramalho, de 65 anos, renovou a carteira de motorista  – Alexandre Simonini/Governo do Rio de Janeiro

O primeiro morador a ser atendido no posto de Habilitação do Jacarezinho foi o motorista de ônibus aposentado José Geraldo Ramalho, de 65 anos, que tinha uma carteira profissional categoria D e renovou o documento com alteração para categoria B, a fim de dirigir carros de passeio. Para ele, o atendimento no Cidade Integrada foi uma maravilha. “Fui chegando e logo resolvendo o que eu precisava, com toda tranquilidade. Espero que continue sempre assim”, manifestou.

Na Muzema, as ações aconteceram na Comunidade Internacional Ágape, totalizando 1.390 atendimentos. O programa foi a chance que o motorista Rodrigo Soares e sua noiva, Ana Carolina Santiago, tiveram para atualizar documentos e agilizar a burocracia exigida para formalizar a união. Eles foram atendidos por funcionários da Fundação Leão XIII e deram entrada no formulário de isenção de taxa para o casamento. “A gente queria casar, agora apareceu essa oportunidade e a gente vai concretizar. O Cidade Integrada trouxe policiamento ostensivo e mais segurança à região. Acho que a vida das pessoas vai melhorar muito. É um sopro de esperança”, comentou Rodrigo.

Rio de Janeiro - RJ - 29/01/2022 - Ação RJ Para Todos na Muzema - Cidade Integrada. Rio de Janeiro - RJ - 29/01/2022 - Ação RJ Para Todos na Muzema - Cidade Integrada.

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O motorista Rodrigo Soares e sua noiva, Ana Carolina Santiago, agilizaram a burocracia exigida para formalizar a união. – Rafael Campos/Governo do Rio de Janeiro

Andrielle de Souza mora na Muzema há cinco anos. Ela pediu as carteiras de identificação dos filhos e também renovou sua documentação. “É a primeira vez que vejo aqui uma ação desse porte, com tantos serviços de saúde, de beleza e para documentos. Resolvi tudo com muita facilidade num dia só; fui muito bem direcionada. Aqui sempre foi um lugar abandonado, a gente nunca teve uma intervenção. É a primeira vez que eu estou vendo e estou gostando”, elogiou. 

Edição: Lílian Beraldo

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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