29 de Julho de 2025
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País celebra o Dia da Amazônia neste sábado

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Pela primeira vez, desde que o dia 5 de setembro foi instituído por lei como Dia da Amazônia em 2007, a data será celebrada em eventos culturais gratuitos espalhados por todo o país. A partir de agora os eventos serão realizados anualmente.

Neste ano, oito cidades estão à frente da comemoração, apresentando ao público shows musicais e atividades culturais. Os Festivais Dia da Amazônia 2022, começam neste sábado (3) e prosseguem até o dia 10. A programação pode ser acessada no site organizador.

A cantora e atriz paraense Gaby Amarantos abre a programação hoje, às 11h, com o Baile na Terra, no Tendal da Lapa, localizado na Rua Guaicurus, 1.100, bairro de Água Branca, zona oeste de São Paulo.

Em entrevista à Agência Brasil, Gaby Amarantos a cantora destacou a luta de todos os anos para dar visibilidade à região amazônica, ao povo nortista e à causa da Amazônia, “que toma a nossa vida e que a gente transformou em missão artística, que é feita com muito amor. É o resultado de um caminho que vem dando muito certo”.

Gaby acredita que a mobilização que já vem ocorrendo não só em São Paulo, mas em outros estados, vai fazer com que a população brasileira preste mais atenção à causa, se envolva mais, de forma comprometida, por meio da cultura, da música, da beleza, da tecnologia e de toda a representatividade que a região tem. “As pessoas precisam conhecer a Amazônia, mas não necessariamente têm de ir à região para apreciá-la e valorizá-la.”

“Conhecer é ter entendimento. É quando você sabe quais são os estados da região que a Amazônia ocupa, quando sabe sobre as etnias indígenas dos povos originários que estão lá cuidando, quando você conhece a cultura, através da música, da gastronomia, da arte, da fala de pessoas que lutam por essa floresta e precisam de justiça, porque perderam a vida nessa luta, lembrando de Bruno e Dom, que são o caso mais recente e que mobilizaram o país”.

Para Gaby, quanto mais você se envolve e se engaja, “de tomar uma cachaça de jambu, ouvir música e assinar uma petição em prol da Amazônia, você está conhecendo mais desta região. E está incluindo a região e fazendo com que ela faça parte deste país. O Brasil não é inteiro sem a Amazônia, sem o Norte. Ele só é completo quando o povo nortista também está junto”, apontou a artista.

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Contexto urbano

Os shows gratuitos vão homenagear o bioma amazônico, que é centro das atenções mundiais, tanto por seu papel vital na regulação do clima e na manutenção da vida de suas populações, como pela escalada de ataques que têm comprometido sua integridade e que englobam desmatamentos e queimadas até a violência crescente.

A coordenadora do coletivo Reocupa, associação voltada para a defesa dos direitos humanos e uma das organizadoras do Festivais Dia da Amazônia 2022, Deuza Brabo, disse à Agência Brasil que o objetivo principal do evento é trazer a pauta para o contexto das cidades. ”A Amazônia é muito conversada e debatida no âmbito rural, onde está instalada e, no âmbito urbano, as pessoas ficam um pouco assustadas com essa conversa”.

Por isso, a intenção é fazer com que as pessoas saiam dos eventos com uma reflexão, “que elas sejam tocadas para que tenham outros comportamentos e pensamentos e se engajem na pauta da justiça climática, que é urgente. Quem está na cidade, não consegue perceber essa urgência, embora estejamos sendo atingidos diretamente, como as populações ribeirinhas, pescadora, tradicional, que está na zona rural”, afirmou Deuza.

A coordenadora do Reocupa reiterou que o principal objetivo é trazer a pauta da justiça climática para a cidade, para que a população possa refletir e sair do festival tocada para uma mudança comportamental e de engajamento na pauta. O Dia da Amazônia visa levar as pessoas a se conscientizarem da importância dessa região, que é a maior reserva natural do mundo. “E ter em mente que o que acontece na Amazônia não fica ali, mas impacta a vida de todos, todos os dias.”

Deuza Brabo informou que os festivais vão ocorrer no coração da Amazônia, em Manaus, Belém, Macapá, Santarém, São Luís, mas também precisam trazer outras pessoas que acham que não dependem da Amazônia ou que não se percebem neste lugar. “A Amazônia é da Amazônia, do Brasil e para o mundo”. Daí os shows serem realizados também em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. As celebrações ocorrerão nos dias 3, 4 e 10 de setembro, envolvendo múltiplos eventos.

Sustentabilidade

O tema deste ano é o desenvolvimento sustentável e a preservação da floresta da Amazônia. A iniciativa tem produção das organizações socioambientais Reocupa, Namaloca, Psica, Negritar, Gira Mundo, Condô Cultural, NOSSAS, Instituto Clima e Sociedade (iCS), Ja.Ca, Murerú Produções, Tapajós de fato, Na Cuia, Suraras do Tapajós, Projeto Saúde e Alegria, Movimentos pela Soberania Popular na Mineração (MAM), Federação das Organizações Quilombolas de Santarém (FOQS), Negritar, Conselho Indígena Tupinambá (CITupi), Movimento Tapajós Vivo (MTV), Terra de Direitos, Maré Cheia, Engajamundo, Mapinguari, LabExperimental, Megafone Ativismo e Utopia Negra, entre outras.

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Abertura

No show de abertura, em São Paulo, neste sábado (3), Gaby Amarantos terá a companhia de Anelis Assumpção, Suraras do Tapajós, Bloco do Água Preta e outros convidados. Em Belém, no mesmo dia, também iniciando as celebrações pelo Dia da Amazônia, será realizada a 5ª edição do Festival de Cinema das Periferias e Comunidades Tradicionais da Amazônia.

No domingo (4), haverá festivais em Manaus, Belém, São Luís, Macapá, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Eles acontecerão, respectivamente, no Parque da Juventude Ajuricaba Mascarenhas (Av. Autaz Mirim 4653-4783 – São José Operário); no Portal da Amazônia (Jurunas); no Parque Estadual do Rangedor (Rua Búzios, Quadra 35, Lote-18); no Mercado Central, em Macapá (Av. Antônio Coelho de Carvalho); nos jardins do Museu de Arte Moderna (MAM), Aterro do Flamengo; e no Palco Amazônia Serra do Curral (Parque Municipal Américo Renné Giannetti – Av. Afonso Pena 1377 – Centro).

Em cada local, haverá atividades gratuitas para todas as idades. Cada evento celebra e respeita as diversidades regionais e culturais, e isso se reflete nos nomes e identidades diferentes de cada palco, em cada cidade. Os festivais se estendem até o dia 10 de setembro, finalizando com o Festival Maní(Festar), que ocorrerá das18h às 24h, na Praça de Eventos Dr Anísio Chaves 39-169 – Aeroporto Velho, em Santarém (PA).

Além dos shows musicais nas oito cidades, será realizada a Virada Cultural Amazônia de Pé, conduzida pela Campanha Amazônia de Pé. A programação da Virada pode ser acessada aqui. Ela reúne mais de 400 ações descentralizadas por todo o país, como oficinas, cine-debates, rodas de conversa, feiras agroecológicas e outras atividades, com a meta de demostrar que, em todas as regiões do país, os brasileiros estão atentos ao tema e querem participar da comemoração em defesa da Amazônia.

Edição: Maria Claudia

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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