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Pesquisa da Unicamp desenvolve oleogel que substitui gordura saturada

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Um grupo de pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) desenvolveu um oleogel capaz de substituir as gorduras saturadas em alimentos industrializados. O produto usa óleos vegetais e ceras de sementes de girassol ou casca de frutas vermelhas.

A professora Rosiane da Cunha, da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Unicamp, explica que as gorduras saturadas são usadas na indústria para dar uma textura consistente e macia aos alimentos. “A gente tem os produtos de panificação, bolos, sorvetes, chocolate, margarina, a gente tem uma série de produtos alimentícios que tem um alto teor de gordura saturada”, ressalta.

No entanto, as gorduras saturadas são apontadas como causadoras de doenças do coração e sistema circulatório. O oleogel faz a mesma função dessas gorduras sólidas nos alimentos, mas é basicamente um óleo que ganha consistência com a cera, tendo a consistência semelhante a um gel. O composto conta ainda com um emulsificante – substância que garante a mistura dos ingredientes – na elaboração.

“O objetivo é ter uma gordura mais saudável. Essa gordura sólida saturada não é boa para o coração. Mas nós estamos conseguindo essa mesma propriedade de dar maciez para o produto”, destaca a pesquisadora sobre o produto desenvolvido no Laboratório de Engenharia de Processo da FEA.

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A nova tecnologia foi patenteada pela Agência de Inovação Inova Unicamp. Segundo Rosiane, para que o produto seja efetivamente utilizado, existe agora a necessidade de que a indústria demonstre interesse. Assim, o produto pode ser adaptado para elaboração específica de cada alimento. Em cada combinação tem que ser avaliada qual cera ou óleo vegetal será utilizado, além da quantidade exata.

A professora explica que é preciso ainda pedir autorização para uso de algumas das ceras que foram usadas na pesquisa para o consumo no Brasil. “Algumas ceras que a gente utilizou em pesquisa ainda não são aprovadas para uso alimentício no Brasil. Embora elas sejam de procedência natural, teria que passar pelo regulatório”, enfatiza.

O oleogel também é um pouco mais caro do que as gorduras saturadas. “Ele vai sair um pouco mais caro do que a gordura saturada, que hoje a gente tem no mercado, porque essa gordura é mais barata, não vai envolver essas ceras”, destaca Rosiane.

A professora acredita, no entanto, que o produto atende à crescente demanda por produtos mais saudáveis, inclusive, com a mudança de rotulagem prevista para entrar em vigor a partir de outubro. De acordo com uma determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), alimentos com altos níveis de açúcar adicionado, gordura saturada e sódio deverão ter um aviso na parte da frente do rótulo.

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Edição: Denise Griesinger

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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