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Pesquisadores estudam aparecimento de 500 botos nas praias do Rio

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Pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) vão investigar o aparecimento de cerca de 500 golfinhos da espécie boto-cinza (Sotalia guianensis), entre adultos, juvenis e filhotes, na Baía de Guanabara e em praias da cidade do Rio de Janeiro. Eles foram vistos na quarta-feira (4) e a imagem encantou cariocas e turistas.

Essa é a primeira vez que um grupo tão grande é encontrado nas praias do Rio nos últimos 30 anos. O objetivo da investigação é saber a origem desses animais e se algum deles se integrou à população da Baía de Guanabara.

De acordo com José Lailson Brito, oceanógrafo e um dos coordenadores do Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores da Uerj (Maqua), os animais provavelmente são da Baía de Ilha Grande e fizeram o deslocamento até a cidade do Rio de Janeiro em busca de alimentos.

“Nós acreditamos que sejam botos de Baía de Ilha Grande, porque somente na Baía de Ilha Grande os boto-cinza fazem grupos extremamente grandes como esses que nós vimos por aqui. A outra coisa que chamou a atenção é que o grupo tinha a presença de muitos filhotes, de jovens e filhotes, que também é bem característico desses grandes grupos da Baía de Ilha Grande”, explicou o oceanógrafo.

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José Lailson disse que a pesquisa vai ser feita a partir de catálogos de fotos de botos do estado do Rio de Janeiro. As fotografias vão ser comparadas com as imagens registradas na quarta-feira. “A partir daí, a gente espera começar a explicar quem são esses animais que vieram pra cá e reunir mais informações para saber o que realmente eles estavam fazendo por aqui”.

O diretor do Instituto Mar Urbano, biólogo marinho Ricardo Gomes, explica que com a melhoria das condições da água [na Baía de Guanabara] o fenômeno pode passar a ser visto mais vezes. “Tudo indica que com o tratamento, o saneamento sendo feito, o tratamento do esgoto sendo feito pela Águas do Rio, tudo indica que a condição ambiental aqui das nossas praias vai melhorar, e eu espero que um avistamento desses seja uma coisa mais corriqueira no futuro”.

Outra característica considerada interessante da passagem dos golfinhos foi o aparecimento de fêmeas, que podem ajudar a repovoar a área da Baía de Guanabara, com população atual menor que 30. Na década de 80, o local já chegou a ter cerca de 400 golfinhos.

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Edição: Fernando Fraga

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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