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Planetário Ibirapuera homenageia mulheres da ciência
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O Planetário Ibirapuera realiza neste sábado (11) uma atividade gratuita, homenageando nomes femininos da ciência em alusão ao Dia Internacional das Mulheres, celebrado no último dia 8. A sessão “Tinha que ser Mulher” tem início às 17h e ingressos disponibilizados no site Urbia Pass.
A sessão tem duração de 50 minutos, é livre para todas as idades e recupera a trajetória de pesquisadoras como Jocelyn Bell, Valentina Tereshkova e Marcelle Soares-Santos. A apresentação fica por conta da doutoranda em astrofísica e professora do planetário Mirian Castejon Molina.
Apesar de mulheres terem, ao longo da história, contribuído para diversas áreas do conhecimento tanto quanto colegas homens, elas enfrentam, com frequência, até hoje, o machismo nas instituições. Como consequência, muitas delas acabam em registros como coadjuvantes.
A russa Valentina Tereshkova, por exemplo, foi a primeira mulher a ir ao espaço, em 1963. Contudo, como reconta reportagem da BBC, ao questionar autoridades sobre o machismo que caracterizava os critérios de seleção dos astronautas que partiriam em missões, seu país deixou de enviar outra mulher por 19 anos. O pretexto foi o de que o espaço era um ambiente que oferecia riscos demais às mulheres.
Serviço: Sessão ‘Tinha que ser Mulher’ no Planetário Ibirapuera
Local: Planetário Ibirapuera
Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral, s/n – Vila Mariana, São Paulo/SP – Próximo ao Portão 10.
Data: 11 de março, às 17h
Ingressos: Site Urbia Pass
Entrada gratuita.
Edição: Marcelo Brandão
Fonte: EBC Geral


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.