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PM retira 100 famílias de hotel em São Paulo em reintegração de posse

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Famílias que ocupavam um hotel na Rua Augusta, na região central da capital paulista, foram desalojadas hoje (17) em uma reintegração de posse realizada com a presença da Polícia Militar. Segundo a Frente de Luta por Moradia (FLM), movimento responsável pela ocupação, estavam no imóvel cerca de 100 famílias.

No processo de reintegração movido pelo Baixo Augusta Hotel, há registro de que 68 pessoas que viviam no local eram vulneráveis (crianças, idosos ou deficientes físicos). O pedido de despejo foi feito pela empresa proprietária do imóvel no início de abril.

Em resposta à juíza Daniela Dejuste de Paula, da 29ª Vara Cível de São Paulo, a Secretaria Municipal de Assistência Social informou que em reunião realizada na semana passada, apenas quatro famílias demonstraram interesse em receber abrigo nos serviços da prefeitura. A secretaria disse que as famílias não estavam aptas para serem beneficiadas pelos programas municipais de habitação.

Para a magistrada, a falta de possibilidade de moradia permanente para as famílias não permite a ocupação do imóvel particular. “Não é de hoje que a situação habitacional do país encontra-se precária, fato este que não se nega, contudo, atribuir ao particular o ônus de suportar a invasão de seu patrimônio para que o Estado cumpra as políticas públicas necessárias, também não é possível”, disse na decisão.

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Pelas redes sociais, a FLM protestou contra o despejo feito na semana mais fria do ano. “Baixas temperaturas nas ruas e nenhuma alternativa para as 100 famílias que moram na ocupação. Para onde irão essas mães com seus filhos?”, diz a publicação do movimento.

Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências, a massa de ar polar que chegou à capital paulista deve manter as temperaturas hoje em torno dos 14º graus Celsius (C), com as mínimas chegando aos 10º C. Amanhã (18), os termômetros devem marcar 6º C nas horas mais frias do dia.

Edição: Valéria Aguiar

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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