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Polícia afasta envolvidos em morte de menino na Cidade de Deus

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A Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMRJ) afastou da atuação nas ruas, em caráter provisório, quatro agentes do Batalhão de Choque que atuaram na noite da última segunda-feira (7) na Cidade de Deus, zona oeste da cidade. Durante uma operação no local, o adolescente Thiago Menezes Flausino, de 13 anos, foi baleado e morto. Os quatro policiais ficarão afastados até o fim das investigações e cumprirão funções administrativas.

A decisão da polícia ocorreu nessa sexta-feira (11), um dia após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticar, em cerimônia do Rio de Janeiro, que “um cidadão que atira num menino já caído é irresponsável e não estava preparado do ponto de vista psicológico para ser policial”.

Thiago foi morto sem esboçar qualquer reação, de acordo com relatos de moradores da comunidade, ou oferecer risco à ação da tropa de choque da PM, que fazia uma operação na principal via de acesso à comunidade. O incidente, além de chamar a atenção do presidente da República, também tem provocado reações da sociedade civil.

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A Polícia Militar, no primeiro momento, disse que houve confronto e o rapaz acabou morto. Moradores disseram que a pistola encontrada perto do corpo de Thiago foi “plantada” pelos militares para simular uma possível troca de tiros. Thiago, segundo os moradores, era uma criança pacífica, que queria se tornar jogador profissional de futebol, estudava e frequentava a igreja evangélica da comunidade junto com a família.

Em nota, a Secretaria de Estado da Polícia Militar informou ainda que “as armas usadas pelos militares foram apreendidas para a perícia e as imagens das câmeras de segurança são analisadas pela Polícia Civil, que investiga o caso”.

A corporação explicou que instaurou um procedimento de apuração, por meio de sua Corregedoria-Geral, para averiguar todas as circunstâncias do caso. Esse procedimento ocorre sem prejuízo às investigações da Polícia Civil. “Além do procedimento instaurado pela corporação, a PM colabora integralmente com todos os trâmites investigativos da Polícia Civil”.

Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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