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Polícia investiga caso de racismo na Uerj de São Gonçalo

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A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga uma denúncia de racismo contra uma aluna na Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), localizada no campus São Gonçalo, na região metropolitana do Rio. 

O caso ocorreu no dia 4 de agosto e foi registrado na 73ª Delegacia de Polícia (Neves) como injúria racial e ameaça. A agressora seria uma colega de turma da vítima, e, segundo a polícia, testemunhas estão sendo ouvidas e as investigações estão em andamento para esclarecer os fatos.

A Uerj informou que lamenta o episódio de racismo e afirmou ter prestado todo apoio à estudante agredida. “A aluna foi acompanhada à delegacia por um professor e uma assistente social da universidade, para prestar queixa. A instituição irá acompanhar atentamente o caso”, disse em nota. 

Repúdio

Em repúdio à agressão, um protesto foi organizado na faculdade no início desta semana, e cartazes contra o racismo foram levados para o campus. Após o ato, porém, estudantes denunciaram que mensagens com apologia ao estupro de mulheres negras e contra o sistema de cotas foram coladas no banheiro masculino.

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O Centro Acadêmico da Faculdade de Formação de Professores, por meio de suas redes sociais, repudiou a mensagem racista e misógina. “É inaceitável que isso aconteça em qualquer espaço e, neste caso, tem um pesar a mais: o fato de estar acontecendo em um campus de formação de professores, que em sua maioria saem da universidade para lecionar na educação pública”, afirmou em mensagem publicada ontem.  

Também em nota de repúdio publicada ontem nas redes sociais, a Direção da Faculdade de Formação de Professores ressaltou que não há norma interna da universidade para apurar a conduta de alunos e considerou urgente que seja debatida e aprovada uma regulamentação que estabeleça esses procedimentos de apuração.

“Os recorrentes episódios de discriminação vivenciados na FFP são extremamente graves, incompatíveis com a legislação, com o ambiente acadêmico e com princípios éticos”, diz o texto. 

Sobre as mensagens racistas e misóginas, a Uerj afirmou que farão parte da investigação policial e da apuração administrativa interna da universidade. Já a Polícia Civil afirmou que ainda não foi registrada ocorrência a respeito desses cartazes. 

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A Uerj acrescenta ainda que, como pioneira na implantação da política de cotas no Brasil, repudia todo ato racista e, há 20 anos, trabalha para promover a diversidade no ambiente universitário.

“A universidade também estimula a criação de coletivos e organizações estudantis de alunos negros, por entender o papel que estes desempenham na luta antirracista e na promoção do diálogo dentro da instituição”.

Edição: Aline Leal

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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