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Programa Caminhos da Reportagem se aventura pelo turismo rural

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A retomada do turismo no pós-pandemia passa pela busca pelos destinos rurais. A Organização Mundial do Turismo (OMT), entidade ligada à Organização das Nações Unidas, aponta como tendência o turismo próximo de casa, atividades ao ar livre e na natureza. Na zona rural da capital do país, o crescimento do turismo na região já é notado.

O Sindicato de Turismo Rural e Ecológico (Ruraltur-DF) avalia que houve um aumento de 30% para estes destinos nos últimos anos. “O distanciamento, a natureza, o ar puro, o contato com os animais, isso despertou um interesse maior”, avalia Fernando Mesquita, presidente do Ruraltur. 

A equipe do Caminhos da Reportagem visitou alguns destinos no Planalto Central do país que conseguem fazer o turista mergulhar num ambiente completamente diferente do dia a dia, mesmo estando localizados próximos a grandes cidades.

No Salto Corumbá, por exemplo, um ecoparque a cerca de 120 quilômetros de Brasília e de Goiânia, em plena segunda-feira, o local recebia vários visitantes, atraídos pelas sete cachoeiras e outras atividades.

“Entrar debaixo daquela cachoeira é uma coisa formidável, a natureza nos proporciona algo incrível”, comemorava o aposentado José Natal, que mora em Anápolis (GO).

Ele aproveitou para apresentar a familiares de Blumenau (SC), o destino de aventura que fica a 1 hora de sua casa.

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Salto do Corumbá  – TV Brasil

O parque agora conta também com uma nova atração: a trilha do ouro, que resgata a história da mineração na região. A atração é feita em um vagão de trenzinho e percorre 1 quilômetro até chegar próximo às cachoeiras. “O melhor é não ter que ir e voltar a pé, para mim o passeio ficou maravilhoso”, avalia a intérprete Mariana Miranda.

Apaixonada por passeios no “meio do mato”, a jornalista Bárbara Lins criou o blog Descobertas Bárbaras, em que compartilha suas aventuras. “Eu acredito que, cada vez mais, a gente precisa desses espaços de natureza para desestressar e desconectar da correria”, afirma.

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A jornalista Bárbara Lins criou o blog Descobertas Bárbaras, em que compartilha suas aventura- TV Brasil

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Das páginas de seu blog e redes sociais, muita gente tira dicas e conhece atrações próximas de Brasília. Como o passeio de um dia no Cabríssima, uma queijaria onde é possível fazer uma trilha pelo sítio, conhecer as cabras e também degustar os produtos feitos a partir do leite desses animais. “É uma experiência sensorial mesmo, de degustar, de pegar, de ter contato com a natureza”, explica Giovana Navarro, uma das donas do negócio.

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A Cabríssima é uma queijaria onde é possível fazer uma trilha pelo sítio, conhecer as cabras e também degustar os produtos feitos a partir do leite desses animais – TV Brasil

O Rancho Canabrava, próximo a Sobradinho, no Distrito Federal, também tem como chamariz a combinação de passeio e boa comida. Um almoço caipira é servido no fogão a lenha. Mas o que as crianças gostam mesmo é das outras atrações: fazendinha com animais, como mini-vacas, pônei, coelhos e ovelhas; arvorismo, charrete, touro mecânico e passeio a cavalo.

“Todo final de semana tem criança chorando na hora de ir embora, eu acho que isso é o melhor termômetro, né?”, conta Anna Maria Lucena, dona do local. Para ampliar ainda mais a experiência, também há a possibilidade de acampamento para pais e filhos.

Na onda do crescimento, empresários testam novas experiências. Em Cristalina (GO), uma lagoa de cristais, formada após a mineração desse tipo de pedra ter feito brotar água do lençol freático, tem atraído turistas pela sua cor e transparência.

“Essa é uma água de cristais, que traz cura, tratamento, enfim, esse é o grande diferencial”, conta Eduardo Fernandes, dono do Adventure Park, que ainda está em fase de construção, mas já recebe visitantes.

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Em Cristalina (GO), uma lagoa de cristais, formada após a mineração desse tipo de pedra ter feito brotar água do lençol freático, tem atraído turistas pela sua cor e transparência – TV Brasil

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Além de poder aproveitar a lagoa, com caiaque, stand up paddle e mergulho, o turista também pode fazer a trilha até a Pedra do Chapéu do Sol, um quartzito de 347 toneladas, com 13,7 metros de comprimento, que se inclina sobre outra pedra. 

Outra experiência diferente que tem atraído visitantes nos arredores de Brasília é o Balancéu – como o nome já dá a dica, um balanço que parece alcançar o céu. A atração foi montada no limite de um desnível de 290 metros de altura na Chapada da Contagem, em Brasília. Cada visitante pode balançar por 30 minutos, admirando o céu acima, a natureza abaixo e um horizonte de tirar o fôlego.

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Balancéu foi montado no limite de um desnível de 290 metros de altura na Chapada da Contagem, em Brasília – TV Brasil

“Não é só a sensação do balanço em si, mas toda a paisagem, enfrentar nossos medos, o desconhecido que gera aquele desconforto, mas que, quando você se solta, aproveita ainda mais”, conta a turista Cristiane Mesquita. O proprietário, Marcus Heisi, afirma que, em um ano, mais de 2 mil pessoas já curtiram a experiência.

O episódio Turismo rural: uma saída perto de casa, do Caminhos da Reportagem, vai ao ar neste domingo (25), às 22h, na TV Brasil.

Edição: Lílian Beraldo

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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