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Programa vai formar empreendedores que apoiem floresta amazônica
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Serão abertas no próximo dia 13 as inscrições para o primeiro programa de 2023 da Jornada Amazônia, o Gênese, destinado a jovens talentos, com o objetivo de despertá-los para o empreendedorismo. A Jornada Amazônia é uma plataforma de inovação que visa a promover negócios que apoiem a manutenção da floresta em pé. O Programa Gênese pretende incentivar também a pesquisa orientada para produtos e processos de impacto para a floresta.
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site genese.jornadaamazonia.org.br até o dia 12 de março. A iniciativa é coordenada e executada pela Fundação Certi e conta com a coparticipação e investimentos do Bradesco, Fundo Vale, Itaú-Unibanco e Santander, dentro do Plano Amazônia, uma aliança entre os três bancos, e do Programa de Bioeconomia do Fundo Vale.
A gerente do Centro de Economia Verde da Fundação Certi, Janice Rodrigues Maciel, informou que podem participar jovens talentos residentes nos nove estados da Amazônia Legal, maiores de 18 anos, estudantes do ensino médio, ensino técnico, graduandos e pós-graduandos de instituições de ensino superior da região. Segundo Janice, a meta é alcançar 2 mil inscritos. “O objetivo é despertar os jovens talentos e estimular o empreendedorismo e a pesquisa orientada para a geração de novas empresas que causem impacto positivo na floresta. Porque o nosso propósito é, justamente, ajudar a fortalecer a cultura empreendedora da região da Amazônia”.
Comunidade de formação
Uma vez inscritos, os jovens começam a fazer parte de uma comunidade de formação, voltada a fortalecer a cultura de empreendedorismo de inovação de impacto, informou Marcos Da-Ré, diretor de Economia Verde da Fundação Certi. Nessa formação, com duração estimada de quatro semanas e início previsto para o dia 20 de março, os jovens vão se ambientando com conteúdos sobre empreendedorismo, bioeconomia, inovação, completou Janice. A ideia é incentivar ideias que tragam novas soluções e que considerem oportunidades locais, demandas de mercado, além da sustentabilidade socioeconômica e ambiental da floresta amazônica.
Ao final da formação, os jovens empreendedores mais engajados e que mais participarem podem concorrer a uma viagem para conhecer o Ecossistema de Empreendedorismo e Inovação de Florianópolis, no fim do ano. Esse ecossistema é um grande polo de startups (empresas emergentes) no país. Alguns dos elementos do polo estão sendo adaptados e levados para a Amazônia, a fim de ajudar a fortalecer o ecossistema de inovação e empreendedorismo na região, como forma de valorizar a floresta em pé, afirmou Janice. Ela disse que a viagem, para os jovens inscritos, é fonte de inspiração, na medida em que poderão conhecer casos de sucesso.
A gerente acrescentou que a cada semana de formação, será tratado um tema novo, como biotecnologia, ecossistema de inovação, negócios de impacto, por exemplo. “Ao longo dessas semanas, vamos preparando os jovens para a curiosidade de empreender. A gente simula uma jornada empreendedora, a criação de uma startup desde o nascimento até uma fase de escala. É bem dinâmico, interessante e interativo”. Uma série de conteúdos interativos como videoaulas, podcasts (programa de rádio com conteúdo sob demanda), quizzes (jogos de questionários), webinars (videoconferência) ao vivo, envolvendo recursos como a realidade virtual, são disponibilizados para os jovens.
Os trabalhos se encerram em abril. Os participantes recebem certificado com o total de horas para validação de atividade complementar. “No final, surgem ideias de negócios e, aí, a gente linka com o próximo programa, que também faz parte da Jornada Amazônia, que é o Sinapse da Bioeconomia”.
Sinapse
Esse programa ajuda os empreendedores a tirar a ideia do papel e transformá-la em negócio de fato. Trata-se de um programa de mais longa duração, com prazo estimado de um ano, no qual os empreendedores recebem recursos não reembolsáveis para criar o seu negócio. “O Gênese ajuda a estimular a cultura empreendedora e o nascimento de ideias para, em uma próxima etapa, começar a pensar em abrir o seu próprio negócio”, explicou Janice. As inscrições para o Sinapse da Bioeconomia serão abertas em meados do ano. Ou seja, quem tiver uma boa ideia durante o programa Gênese, que integra a Jornada Amazônia, poderá se inscrever no meio do ano para a Sinapse da Bioeconomia.
No ano passado, foi realizada uma edição do programa no Pará, envolvendo 97 diferentes municípios do estado, desde a capital até pequenas comunidades como a Aldeia Gavião Parkatêjê, Comunidade Quilombola de França e Quilombo Tiningu. Ao todo, 516 jovens acessaram a Comunidade de Formação e 273 se capacitaram nas ações propostas. O ciclo resultou em 105 novas ideias de soluções empreendedoras voltadas para a bioeconomia na região da Amazônia Legal.
Plataforma
Até 2025, a plataforma Jornada Amazônia pretende contribuir para a mobilização de mais de 20 mil talentos empreendedores no país e promover a criação de 200 startups de impacto na região, capacitando e financiando essas empresas com soluções mais promissoras.
Edição: Graça Adjuto
Fonte: EBC Geral


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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