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Público volta a frequentar salas de cinema em 2022

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Após a quase paralisação em 2020, por causa da pandemia de covid-19, e uma retomada tímida em 2021, ainda sob forte impacto da crise sanitária do novo coronavírus, as salas de cinema do Brasil voltaram a receber um público considerável no ano passado.

Os dados preliminares do setor, divulgados pela Agência Nacional do Cinema (Ancine), mostram um aumento de 82% no público de 2022, na comparação com o ano anterior, com 95,1 milhão de pessoas. Em renda, o aumento foi de 98,8%, chegando a R$ 1,8 bilhão.

Na comparação com 2019, ano referência antes da pandemia, 2022 apresentou queda de 46,5% no público e de 35,4% na renda total. Na evolução do número de salas de exibição, 2022 (3.401 salas) chegou próximo ao patamar de 2019 (3.507 salas). Em 2020, a Ancine registrou 1.860 salas em funcionamento e em 2021 o número saltou para 3.266.

A agência destaca que a participação dos filmes brasileiros ficou abaixo da média, com 4,2% do público e 3,9% da renda. Porém, houve melhora na comparação com 2021, quando a participação nacional representou apenas 1,8% da bilheteria. No ano passado, os cinco filmes brasileiros mais vistos no cinema foram Turma da Mônica: Lições, com público de 542,6 mil pessoas, Tô ryca! 2 (515,2 mil), Detetives do Prédio Azul 3 (424,6 mil), Medida Provisória (407,4 mil) e Eduardo e Mônica, que atraiu 389 mil pessoas.

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De acordo com a Ancine, os números ficaram bastante abaixo do último sucesso nacional de bilheteria, o recordista Minha mãe é uma peça 3, lançado no final de 2019, que em menos de um mês foi visto por 8,6 milhões de espectadores e alcançou bilheteria de R$ 137,8 milhões. O recorde anterior era de Minha Mãe é um Peça 2, de 2016, com público de 9,2 milhões de pessoas e arrecadação de R$ 124,6 milhões.

Blockbusters

No ano passado, o mercado de cinema foi dominado pelos grandes lançamentos internacionais. Os filmes mais vistos em 2022 foram Doutor Estranho no multiverso da loucura (8,3 milhões de pessoas), Minions 2: a origem de Gru (6,9 milhões), Avatar: o caminho da água (6,7 milhões), Thor: amor e trovão (6,3 milhões) e Batman, que teve público de 5,8 milhões nas salas de cinema.

No total, as salas de cinema exibiram 652 longas-metragens no ano passado, sendo 244 brasileiros e 408 estrangeiros. Os lançamentos somaram 385 longas-metragens, com 173 brasileiros e 212 estrangeiros, e sete filmes tiveram lançamento em mais de 2 mil salas, quando em 2021 foram apenas dois.

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Diante da melhora no cenário geral, a Ancine aponta que a expectativa para 2023 é de aumento da participação de filmes nacionais no mercado, além do crescimento do parque exibidor, trajetória interrompida com a pandemia após dez anos de aumento.

Para tanto, a agência destaca as seis chamadas públicas do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) já concluídas, que investe em filmes brasileiros para cinema, além do lançamento de duas novas e a aprovação de um novo plano de ação de investimentos para 2023.

Edição: Maria Claudia

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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