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Quase 50 pessoas são presas por suspeita de abuso sexual

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O Ministério da Justiça e Segurança Pública divulgou hoje (7) o balanço final da Operação Luz na Infância, deflagrada ontem (6), em 17 estados e no Distrito Federal, além de outros quatro países, para coibir os crimes de abuso e exploração sexual infantojuvenil, principalmente na internet.

No Brasil, foram presas em flagrante 42 pessoas acusadas de produzir, compartilhar ou armazenar conteúdo pornográfico envolvendo crianças e adolescentes. Outras cinco detenções foram realizadas na Argentina (3) e no Panamá, por autoridades locais.

Os mais de 500 policiais civis que participaram da ação em território brasileiro executaram 108 mandados judiciais de busca e apreensão. Equipamentos eletrônicos e documentos que possam ajudar os investigadores a corroborar as investigações iniciais foram recolhidos no Amazonas (2), Bahia (3), Ceará (2), Espírito Santo (2), Goiás (4), Maranhão (1), Minas Gerais (1), Mato Grosso (2), Pará (2), Pernambuco (6), Piauí (2), Rio De Janeiro (5), Rio Grande Do Sul (4), Santa Catarina (2), Paraná (3), Mato Grosso Do Sul (3), São Paulo (63) e no Distrito Federal (1).

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Outros 17 mandados de busca e apreensão foram cumpridos na Argentina (12), Estados Unidos (2), Panamá (2) e no Equador (1), por autoridades locais.

Segundo o ministério, a Justiça expediu os mandados com base nos indícios reunidos no âmbito dos inquéritos policiais instaurados preliminarmente para identificar e apurar a atuação dos suspeitos. Todo o material já reunido equivale a cerca de 4 terabytes de conteúdo pornográfico infantojuvenil.

Para se ter ideia do volume de informações analisadas, 1 terabyte é o equivalente a mil gigabytes (GB) ou 1 milhão de megabytes (MB). Alguns dos telefones celulares mais modernos disponíveis no mercado brasileiro têm capacidade para armazenar até 128 gb de dados.

Ainda de acordo com o ministério, o material apreendido é fundamental para a investigação, pois pode levar à identificação de outros envolvidos com a produção e compartilhamento de material ilícito.

Esta foi a décima edição da Operação Luz na Infância, realizada desde outubro de 2017. Coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e deflagrada pelas Polícias Civis dos estados, a iniciativa já resultou no cumprimento de 2.047 mandados de busca e apreensão e em 993 detenções – embora segundo o coordenador do Laboratório de Operações Cibernéticas da Secretaria de Operações Integradas do ministério, Alessandro Barreto, houve casos de criminosos flagrados reincidindo em mais de uma edição da operação.

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Ontem, ao conversar com jornalistas sobre os primeiros resultados da ação, Barreto aconselhou os pais e cuidadores a estarem atentos ao comportamento das crianças e adolescentes nos ambientes digitais.

“Papai, mamãe, acompanhem seu filho online. Em épocas em que todo mundo está conectado, preste atenção no que seu filho está fazendo na internet; em quem são os amigos dele; com quem ele está mantendo contato. Há muitos predadores utilizando perfis falsos para convencer crianças e adolescentes a mandar [compartilhar] conteúdo íntimo para enganar as crianças”, aconselhou Barreto, destacando a importância da atenção familiar. “A prevenção é o melhor caminho”, afirmou o coordenador.

Edição: Valéria Aguiar

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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