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Região preservada estimula turismo consciente e pequenos produtores

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Um município do Rio de Janeiro com cerca de 70% de seu território em área de preservação ambiental tem conquistado a atenção de turistas e pequenos produtores. Localizada a 74 km da capital fluminense, Guapimirim tem estimulado o turismo consciente para evitar que o movimento de pessoas tenha efeito negativo na região.

Segundo o secretário Municipal de Turismo, Mário Seixas, áreas como o Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Parnaso), o Cânion de Iconha e a Cachoeira da Concórdia se destacam nos projetos de ecoturismo.

“Eu falo muito da responsabilidade do trabalho que a gente tem. Não podemos errar na mão da promoção dos nossos atrativos naturais. O turista que a gente convida tem que ser responsável, consciente. A gente sabe que tem que fazer o trabalho de casa e é uma ação conjunta aqui dentro de conscientização e também de atrair turistas que possam manter aquilo que a gente tem de maior e melhor que é o nosso patrimônio natural”, relatou.

Respeito ambiental

Pequenos empreendedores reforçam a busca por qualidade e de respeito ambiental na região. “A marca da cidade traz o aspecto verde que a gente tem”, disse o secretário, mostrando a lata de uma cerveja artesanal produzida na cidade e vendida na Rota Cervejeira, projeto que inclui ainda as cidades de Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo e Cachoeiras de Macacu.

O produtor de cervejas artesanais Bruno Diniz dos Santos, de 38 anos, deixou a Ilha do Governador, na zona norte do Rio, para morar no município de Magé, ao pé do Parnaso.

“Quando eu me mudei para cá tive uma experiência meio transformadora na minha vida e percebi que o maior ativo que tinha aqui era a água muito diferenciada. A gente tem uma água natural sem tratamento algum, pura diretamente da natureza, da Mata Atlântica” disse. Segundo ele, a água pura da região é um dos elementos principais elementos da produção da cerveja artesanal.

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Como autodidata, se dedicou a pesquisas e a fazer cursos. A ideia era fazer cervejas diferentes entre elas. Bruno compara a experiência, que considera uma terapia, com a culinária que também gosta muito. “É uma forma de ter cuidado com outras pessoas”.

O produtor, no entanto, não pretende comercializar seu produto. “Na verdade, sou cervejeiro caseiro e não tenho ideia de comercializar nada. O que eu gosto de fazer mesmo são experiências com pessoas e poder beber cerveja. Sou administrador e empreendedor, mas infelizmente não vejo um caminho se não for industrial, então, para mim é só a experiência, assim como cozinhar que eu adoro. É mais um hobby”, pontuou.

Cogumelos

Depois de concluir mestrado e doutorado na área de agricultura sustentável, a agrônoma Sandy Sampaio Videira, 43 anos, quis fazer mais do que pesquisas na área e atualmente se dedica à produção de cogumelos de diversos tipos, como shitake, paris e shimejis cinza, salmão e juba de leão, no distrito de Santo Aleixo, em Magé, na Baixada Fluminense.

“É um alimento extremamente saudável, é proteína também, está relacionado à parte imunológica. Tem um monte de benefício para saúde e se consegue produzir em um espaço menor”, disse.

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Para superar a dificuldade de encontrar a matéria prima para a produção, a escolha foi trabalhar com substratos, resultantes de matéria orgânica da agricultura como palha de milho e bagaço de cana de açúcar, todos encontrados na região.

“Depois que o cogumelo é produzido, a gente tem um novo resíduo que é matéria orgânica. A partir disso, a gente faz o processo de compostagem e volta com esse resíduo para a agricultura. A gente tem um trabalho dentro da economia circular, com a menor geração de resíduo possível, que incentiva a economia local, porque usa subprodutos da agricultura local e faz uma cadeia de geração de alimentos em uma coisa que não ia ser utilizada para nada. Com isso, a gente consegue diminuir o custo e popularizar o consumo. Não quero um cogumelo gourmetizado, quero um cogumelo popular”, contou.

Segundo a produtora, o Rio de Janeiro ainda não tem uma cadeia de produção e logística do setor, o que faz com que parte dos cogumelos consumidos no estado seja oriundo de São Paulo.

Com uma bolsa de estudos, Sandy comprou os equipamentos necessários para montar um laboratório. Para facilitar o transporte, ele está localizado na área abaixo do caminho que leva ao sítio, que é o acesso mais difícil. A ideia da agrônoma é dar suporte a outros produtores de cogumelos do estado que não tenham assistência.

“Quanto mais produtores tiver é melhor. A gente tem acesso ao alimento mais fresco e gira a economia e renda para as microrregiões daqui”, apostou.

*A repórter e a fotógrafa viajaram a convite da Fundação Boticário

Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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