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Reinício da concretagem marca retomada de obras de Angra 3
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A Eletronuclear reiniciou ontem (11) o processo de concretagem do edifício do reator de Angra 3. O trabalho marca a retomada das obras civis da usina, que estavam paralisadas desde 2015.
Angra 3 será a terceira usina nuclear localizada em Angra dos Reis (RJ). As etapas de construção da unidade incluem as obras civis, a montagem eletromecânica, o comissionamento de equipamentos e sistemas e os testes operacionais. Assim como Angra 2, ela usará tecnologia de origem alemã desenvolvida pela Siemens/KWU, atualmente sob propriedade da empresa francesa Framatome.
A construção da usina teve início em 1984 e sofreu diversas interrupções por restrições econômicas. Em 2015, quando registrava 65% de progresso, foi paralisada pela última vez em decorrência de denúncias de desvios de recursos.
Para a retomada dos trabalhos, foi criado o Plano de Aceleração do Caminho Crítico de Angra 3. Na etapa em curso, além de concluir as obras civis, são previstos o fechamento da esfera de aço que fica dentro do edifício do reator e a instalação de equipamentos importantes, como a piscina de combustíveis usados, a ponte polar e o guindaste do semipórtico.
A usina terá capacidade para gerar 12 milhões de megawatts-hora por ano. Segundo a Eletronuclear, essa energia é capaz de atender ao consumo residencial da região Norte ou de quase todo o Centro-Oeste.
No ano passado, foram realizadas diversas etapas prévias, entre elas a finalização do processo licitatório para contratação dos trabalhos de retomada da obra civil e de uma parte da montagem eletromecânica. Conforme os balanços financeiros da Eletrobras, então controladora da Eletronuclear, os investimentos em Angra 3 somaram R$ 1,24 bilhão em 2021.
Embora a privatização da Eletrobras tenha se concluído em 2022, a Eletronuclear integrou um grupo de subsidiárias mantidas sob o controle do Estado. Elas foram integradas em uma nova estatal, a Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBpar), que passou a capitanear a retomada das obras de Angra 3.
A preparação para o reinício da concretagem se iniciou em fevereiro deste ano com a assinatura de contrato com o consórcio Agis, composto pelas empresas Ferreira Guedes, Matricial e ADtranz. Nos últimos meses, o canteiro de obras foi preparado.
“Vale destacar que a qualidade do concreto, tanto dos elementos agregados em si, tais como areia, pedra, água, cimento etc., quanto de sua proporção na mistura final, o chamado traço, são objeto de rigorosa avaliação técnica”, informa em nota a Eletrobras, enfatizando a necessidade de testes de campo e em laboratório. A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), órgão regulador e fiscalizador do setor nuclear brasileiro, também acompanha o processo.
Edição: Fernanda Cruz
Fonte: EBC Geral


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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