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Relatório da ONU aponta ameaças ao meio ambiente

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O relatório Relatório Fronteiras 2022, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), aponta riscos e temas de preocupação relacionados ao meio ambiente e desequilíbrios ambientais globais com possíveis impactos negativos para a humanidade.

O documento identificou a ampliação da poluição sonora nos centros urbanos, com potenciais problemas para o bem-estar e a saúde pública. Esse fenômeno pode resultar em doenças cardíacas, diabetes, de audição e distúrbios mentais.

Segundo o estudo, a poluição sonora ocasionou 12 mil mortes prematuras na União Europeia. Entre os grupos populacionais mais atingidos estão segmentos vulneráveis que moram próximos a estradas e rodovias, jovens e idosos. Esse problema também pode afetar animais, alterando as comunicações entre espécies.

Os autores recomendam que gestores, urbanistas e arquitetos promovam projetos que dificultem a circulação da poluição sonora, valorizem sons naturais, privilegiem formas alternativas de transporte e promovam espaços verdes nas localidades. A pandemia trouxe um novo incentivo à vivência em espaços abertos e a redução de barulho do tráfego, o que pode ser aproveitado, diz o documento.

Incêndios

Conforme a pesquisa, os incêndios tendem a crescer no mundo. Entre 2002 e 2016, uma área do tamanho da União Europeia foi queimada, cerca de 4,2 milhões de quilômetros quadrados. Esse cenário tende a piorar e atingir novos locais para além de savanas e florestas mistas. Nos últimos anos, ganharam visibilidade grandes incêndios nos Estados Unidos, Austrália e Grécia.

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Essa situação está relacionada às mudanças climáticas, que geram temperaturas maiores e estações mais secas. Os autores listaram entre as causas dessa piora, fenômenos humanos, como desflorestamento, expansão urbana e exploração comercial de madeira. Essas práticas foram destacadas em locais como América Latina. Em 2019, mais de seis milhões de hectares foram queimados em áreas da Bolívia, Brasil, Colômbia, Peru e Paraguai.

“Com efeitos conjuntos de um clima mais quente que estende as estações de fogo e podem gerar mais eventos naturais e da mudança no uso da terra que introduz mais combustíveis e riscos de ignição desses eventos, e de mais comunidades na interface entre terras selvagens e áreas urbanas, desafios importantes estão postos”, alerta o relatório.

Entre os prejuízos causados pelos incêndios estão a perda de vidas, a evacuação de populações de suas casas e poluição dos ares em áreas para além do local dos incêndios, além de prejuízos à biodiversidade.

Mudanças climáticas

O relatório do Pnuma indica que as mudanças climáticas estão impactando diretamente os ciclos de vida de plantas e animais, levando estas a reagir a alterações em condições ambientais. Eventuais mudanças afetam, por exemplo, quando plantas crescem, geram flores e frutos, obtêm a polinização e encaminham os procedimentos de seu ciclo de vida.

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A preocupação, alertam os autores do estudo, é que nem sempre as espécies se adaptam da mesma forma e no mesmo ritmo, o que pode ampliar os desequilíbrios. Determinadas espécies de plantas podem mudar seu ciclo, entrando em desajuste com animais herbívoros, dificultando as formas de alimentação destes.

Essas mudanças também podem trazer consequências para a produção de alimentos e para a captura e processamento de animais com fins alimentares.

Edição: Fernando Fraga

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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