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Rio lança Arena Gamer para inclusão em novas tecnologias

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Matheus Valério, 13 anos de idade; Pandora Helena, 12 anos, e Arthur Bernardo, 11 anos, têm em comum o interesse pelos jogos eletrônicos. A vontade de saber mais sobre o que gostam de fazer os levou para a Nave do Conhecimento do Engenhão, na zona norte do Rio de Janeiro. No local funciona um programa da Prefeitura do Rio de Janeiro com o objetivo de democratizar o acesso ao universo digital em ambientes colaborativos e criativos, que vive cheio de adolescentes em busca de muita diversão e cursos.

Justamente em um dos cursos, os três desenvolveram um jogo, que se transformou em incentivo para seguirem em frente. Depois de se destacar em um evento na Federação de Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Matheus ganhou o curso Games 2D Construct, da área de Programação de Games da Plug and Plus.

Agora, o que une os três é a ansiedade pela inauguração da Arena Gamer, prevista para o fim de julho. O projeto, criado pela Secretaria Municipal de Ciência e Tecnologia, em parceria com a Coordenação de Games e e-Sports, que faz parte da Casa Civil da prefeitura, foi lançado nesta terça-feira (16), na sede da Nave do Conhecimento do Engenhão, onde o espaço vai funcionar.

“Estou muito ansioso com a parte de cima da Nave [segundo andar onde funcionará a Arena Gamer] para todo mundo poder disputar campeonatos e se divertir com os amigos. Desde pequeno fico jogando e mexendo no telefone [celular] procurando alguma coisa para jogar. Os jogos sempre estiveram presentes na minha vida”, contou Matheus Valério, que espera poder desenvolver outros jogos.

“Eu estou muito ansiosa porque vai abranger muito público de todas as classes sociais que vão poder vir para cá jogar e se divertir”, revelou Pandora Helena, que pretende seguir profissionalmente nessa área de tecnologia.

Arthur Bernardo disse que já fez os cursos de robótica, informática, impressora 3D e, o mais importante para ele, foi o de desenvolvimento de jogos. “Achei muito legal [a novidade da Arena] para as pessoas que não têm condição de comprar videogames caros, computadores e celulares vão poder acessar através de uma nova arena pública para todos os jovens”, disse dando a receita para desenvolver um bom jogo. “O mínimo detalhe pode estragar tudo que você fez, ou seja, tem que ser sempre certeiro e sem dúvida, se não pode estragar tudo que você fez”, aconselhou.

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A intenção da Prefeitura do Rio de Janeiro é que o espaço seja um local de inclusão, aprendizagem e transformação social. Segundo a secretária Tatiana Roque, esta é a primeira arena pública de games e jogos eletrônicos do Brasil.

As inscrições vão começar logo após a inauguração, e embora tenha o incentivo às pessoas que moram na região, o espaço está aberto a todos que quiserem frequentar o local. “Os alunos da Nave são a prioridade, claro, mas a Nave como sempre está aberta a todo mundo, Basta vir aqui e se inscrever”, disse.

Tatiana destacou ainda a oportunidade de oferecer equipamentos como os da Nave do Conhecimento especialmente para quem não tem acesso por causa da condição financeira. “A gente está caminhando para um mundo dominado pelas novas tecnologias, então, a gente precisa abrir cada vez mais oportunidades públicas acessíveis para todo mundo, para não deixar ninguém para trás, para que ninguém fique de fora desse novo mundo da tecnologia”, disse.

Além de um espaço para competições de pequeno porte e torneios regionais de esportes eletrônicos com capacidade para receber dois times de até cinco jogadores, a Arena [Gamer] vai ser utilizada como centro de treinamentos de novas equipes de e-sports do Rio de Janeiro. Vai contar ainda com um estúdio de transmissão das competições de e-sports, camarins para os times, área para equipe técnica e arquibancada.

“A ideia é que a gente inaugure a Arena Gamer com um campeonato. Já estamos estudando com a Coordenadoria de Games e e-Sports da prefeitura equipes que possam vir fazer uma competição nesse ato de inauguração da arena”, adiantou a secretária.

“Uma arena dessa, sobretudo, tem a capacidade de democratizar os games, e mais do que isso, uma arena como essa não é composta só de jogadores. É composta de uma série de profissões que orbitam como comentaristas, narradores, o advogado que vai cuidar das regras do jogo, o administrador do espaço, então essa arena é também é um portal para a nova economia criativa que, como disse o prefeito [Eduardo Paes], move a economia mundial nesse momento”, disse o coordenador de Games e e-Sports da Prefeitura, Chandy Teixeira.

Para as pessoas que não têm contato com o universo gamer, o projeto prevê a criação de uma área de simuladores, Lá poderão usar óculos de realidade virtual para uma imersão em ambiente digital por meio de imagens 360º. Também serão atendidas as pessoas que quiserem brincar com jogos clássicos do início da criação dos videogames no espaço Retro Games.

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Além de abrigar a Arena Gamer, a Nave do Conhecimento vai ter uma incubadora de startups que vai oferecer consultoria, treinamento e participação em eventos. “O conceito do ambiente é promover networking entre diferentes startups, por isso não possui baias ou paredes separando as empresas. O propósito é fomentar empresas de cunho social”, informou a Secretaria de Ciência e Tecnologia.

No espaço coworking, os funcionários das startups terão um local para trabalhar de forma mais reservada ou para realizarem reuniões para apresentarem seus produtos para potenciais clientes e investidores. Lá será possível receber 15 pessoas, além de outras cinco na sala de reuniões.

O projeto tem ainda a NaveLAB, destinada a produção de trabalhos a um custo baixo. O usuário terá à disposição equipamentos e ferramentas para as startups criarem seus protótipos, tais como cortadora laser, impressora 3D, bancadas amplas para criação de soluções com plataformas de internet. Lá haverá aulas de impressão 3D, robótica com Lego ou Arduino, cursos que já são ministrados nas Naves do Conhecimento.

Segundo o prefeito Eduardo Paes, se comparado a outros países, o Brasil está atrasado nesta área da educação e o acesso às tecnologias tem que ser facilitado em programas dos três níveis de governo.

“Se a gente conseguir botar o Brasil nesse campo, a gente vai embora e tem um enorme potencial. A gente precisa criar e dar as condições para que a gente tenha essa molecada criando essa tecnologia e ganhando dinheiro”, disse.

“Matheus, essa nossa aposta é em pessoas como você, o que a gente quer é que um monte de carioca jovem que está entrando nessa área tenha as condições”, disse Eduardo Paes ao adolescente, prometendo se preparar e conhecer mais este tipo de tecnologia para desafiar o jovem nos jogos.

“Aqui [na Prefeitura do Rio de Janeiro] a gente é amigo pra caramba do e-Sportes. Queremos que esta cidade seja a precursora disso, que seja a precursora da inovação”, completou.

Ao todo, a cidade do Rio de Janeiro tem nove Naves do Conhecimento localizadas nas zonas norte e oeste da cidade. Nesses locais, segundo a prefeitura, são oferecidas oficinas, cursos e eventos relacionados à informática básica, economia criativa, tecnologia da informação, robótica e programação, trabalho e empreendedorismo.

Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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